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Não é salutar fazer leilão de pré-sal agora, diz Bendine

O presidente da Petrobras disse que, diante do cenário atual, o governo vai ter sensibilidade de não promover um leilão do pré-sal agora


	Aldemir Bendine, presidente da Petrobras: "não é salutar para o governo fazer leilão de pré-sal neste momento"
 (Nacho Doce/Files/Reuters/Reuters)

Aldemir Bendine, presidente da Petrobras: "não é salutar para o governo fazer leilão de pré-sal neste momento" (Nacho Doce/Files/Reuters/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 2 de julho de 2015 às 22h32.

Rio - O presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, afirmou acreditar que diante do cenário atual o governo vai ter sensibilidade de não promover um leilão do pré-sal agora.

"Não é salutar para o governo fazer leilão de pré-sal neste momento", afirmou em entrevista à jornalista Miriam Leitão, na Globo News.

O executivo destacou que um dos fatores que tornam um leilão desinteressante neste momento é o preço do óleo Brent, que está num patamar baixo. "Se houvesse leilão de pré-sal neste momento seria muito oneroso para a companhia".

A respeito da discussão no Congresso sobre alteração da legislação do pré-sal, afirmou que é "inoportuna". "No momento de fragilidade da companhia, não é adequado mudar a legislação". Apesar disso, destacou que irá "acompanhar com serenidade a discussão e vamos acatar".

Aumento dos combustíveis

Bendine, admitiu que existe uma ansiedade em torno de um reajuste nos preços dos combustíveis pela estatal por conta de "fatos passados". Mas ressaltou que a atual diretoria não pode ser simplista de promover um aumento apenas para atender as expectativas.

Em entrevista, Bendine reafirmou que a estatal irá seguir o modelo de paridade internacional na formação de seus preços. "Posso garantir que na formação de preços temos margem muito boa para a companhia", disse. E completou: Não vamos trabalhar em situação que gere desequilíbrio para a empresa."

O presidente da Petrobras negou ingerência do governo na formação de preços e afirmou que a petroleira tem hoje uma política livre de formação de preços e de reajustes.

"Parto do pressuposto que tenho liberdade para fazer essa discussão com o conselho de administração, que hoje é independente. Não temos nenhum membro do governo dentro do conselho", destacou.

Além disso, lembrou que a atual queda na demanda por combustíveis também interfere na elaboração de preços. "O mercado não está demandante em relação aos produtos. Estamos vendo promoções entre as distribuidoras. Temos que ver se há espaço para aumento diante dessa realidade", disse.

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