Negócios

Balanço da Petrobras não muda rating e perspectiva, diz S&P

Segundo a Standard & Poor's, o rating e a perspectiva negativa da nota da Petrobras não foram afetados pela publicação do balanço auditado


	Logo da Petrobras: segundo a agência de classificação de risco, a divulgação do balanço antes do final de abril já estava incorporada em seu cenário base
 (REUTERS/Paulo Whitaker)

Logo da Petrobras: segundo a agência de classificação de risco, a divulgação do balanço antes do final de abril já estava incorporada em seu cenário base (REUTERS/Paulo Whitaker)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de abril de 2015 às 19h44.

São Paulo - A Standard & Poor's informou nesta quinta-feira que o rating "BBB-" e a perspectiva negativa atribuídos à Petrobras não foram imediatamente afetados pela divulgação das demonstrações contábeis auditadas da estatal de 2014.

"Nosso cenário-base já incorporava esta ação para evitar o potencial descumprimento da cláusula contratual restritiva ('covenant') de divulgação das demonstrações financeiras auditadas", afirmou a S&P.

A Petrobras divulgou na noite de quarta-feira prejuízo de 21,6 bilhões de reais no ano passado, após contabilizar perdas de 6,2 bilhões de reais por corrupção e reduzir em mais de 44 bilhões de reais o valor de seus ativos.

Se a estatal não divulgasse os resultados pelo menos até o final de maio, poderia ter vencimentos antecipados da dívida por credores. A agência de classificação de risco que disse que as baixas de ativos de 50,8 bilhões de reais, contabilizadas no balanço de 2014, "são ajustes contábeis sem efeito-caixa e que não enfraquecem os índices principais de alavancagem e de fluxo de caixa da empresa". Segundo a S&P, a perspectiva negativa para a Petrobras continua a refletir as incertezas de médio prazo quanto à capacidade da empresa de elevar a produção e, consequentemente, desalavancar seu balanço.

A Petrobras informou nesta quinta-feira que a redução do endividamento será prioridade no novo plano de investimento da empresa, a ser divulgado nos próximos 30 dias. "Nossos ratings da Petrobras continuam a refletir nossa visão de probabilidade 'muito alta' de a empresa receber suporte extraordinário do governo brasileiro em tempo hábil em cenários de estresse financeiro", afirmou.

Já a perspectiva também incorpora incertezas relacionadas às investigações de corrupção, potenciais multas e a capacidade de a empresa de recuperar integralmente seu acesso aos mercados de capitais de modo a cobrir suas necessidades.

*Texto atualizado às 19h44

Acompanhe tudo sobre:Agências de ratingCapitalização da PetrobrasEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstatais brasileirasGás e combustíveisIndústria do petróleoMercado financeiroPetrobrasPetróleoRatingStandard & Poor's

Mais de Negócios

Empreendedorismo feminino cresce com a digitalização no Brasil

Quanto aumentou a fortuna dos 10 homens mais ricos do mundo desde 2000?

Esta marca brasileira faturou R$ 40 milhões com produtos para fumantes

Esse bilionário limpava carpetes e ganhava 3 dólares por dia – hoje sua empresa vale US$ 2,7bi