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Nos bastidores da criação das marcas do Grupo Pão de Açúcar

EXAME.com acompanhou o passo a passo da criação produtos exclusivos e viu como são feitas as barras de cereais e granola da marca Taeq

(Karin Salomão/Site Exame)

Karin Salomão

Publicado em 1 de março de 2017 às 08h00.

Última atualização em 1 de março de 2017 às 13h22.

São Paulo - Sem nenhuma fábrica, o Grupo Pão de Açúcar tem 11 marcas próprias em seu portfólio. Vendidas exclusivamente nas lojas do grupo, elas são criadas por uma equipe própria em parcerias com os fornecedores. Segundo Rafael Berardi, gerente de marcas exclusivas da companhia, o grupo se esforça para tentar entender e se antecipar aos desejos de consumo dos clientes. O sucesso das marcas é essencial para garantir o retorno dos consumidores às lojas, já que os produtos próprios são vendidos apenas por meio delas. EXAME.com acompanhou o passo a passo da criação desses produtos e foi até a fábrica da Kobber, um dos fornecedores do grupo, ver como são feitas as barras de cereais e granola da Taeq. Confira nas imagens a seguir.

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Tudo começa na equipe de criação. Ela irá decidir qual será o novo alimento, bebida ou utensílio a ser desenvolvido, qual será seu posicionamento, sabor, composição, embalagem, preço e margem de lucro. O novo item pode ser encaixado em qualquer uma 11 marcas próprias do GPA.
  • 2. Na caixa

    2 /24(Grupo Pão de Açúcar/Divulgação)

  • A embalagem também é criada pelo GPA. No total, são mais de 5 mil produtos exclusivos. A Taeq, voltada para comida saudável e de qualidade, tem 300 itens. A Qualitá é a marca de custo-benefício do Grupo e tem 1.000 produtos. O Club des Sommeliers já tem 90 rótulos de vinho e a Confraria vende cortes de carne especiais. Já a Finlandek, de itens para casa, tem 900 itens diferentes. Há também a Caras do Brasil, Arkitect, Bronzini, Liss e Pra Valer. O Casino, grupo detentor do Pão de Açúcar, também tem uma marca própria há quase 100 anos, com 2.000 itens. Enquanto na França ela é vista como a melhor em custo e benefício, aqui no Brasil adquiriu uma característica premium, por ser importada.
  • 3. Busca por fornecedor

    3 /24(Grupo Pão de Açúcar/Divulgação)

    Depois que o novo item é planejado, chegou a hora de buscar um fornecedor. Para as marcas próprias, o GPA tem mais de 230 parceiros. Eles analisam as amostras enviadas por fornecedores e fazem um processo de seleção pelo mais adequado. Antes de se decidir por um fornecedor, o GPA avalia se a empresa tem capacidade para dar conta da demanda necessária e se atende os padrões de qualidade do grupo. A equipe técnica também monitora a fábrica para garantir que ela segue os padrões de qualidade exigidos pelo Grupo Pão de Açúcar. Esse processo é demorado e complicado. “Precisamos garantir que podemos colocar a nossa marca em um produto sem ter nenhuma dor de cabeça”, afirmou Berardi.
  • 4. Degustação

    4 /24(Grupo Pão de Açúcar/Divulgação)

    Depois que o comitê interno aprovar este briefing, o GPA faz uma pesquisa com consumidores com o protótipo, para saber a aceitação do novo alimento. Qualquer mudança de ingrediente ou processo também é testada com os consumidores. Segundo Berardi, responsável pelas marcas exclusivas, estes produtos se desenvolveram durante a crise, quando os consumidores buscaram trocar os alimentos conhecidos por outros mais baratos. Enquanto em 2012 a participação desses itens no total de vendas do multivarejo era de apenas 8%, em 2015 já era de quase 12%.
  • 5. Granolas e barrinhas

    5 /24(Karin Salomão/Site Exame)

    Para acompanhar de perto a criação de uma marca do Grupo Pão de Açúcar, EXAME.com foi até a fábrica da Kobber, um dos fornecedores da companhia. A Kobber faz granolas, barrinhas de cereais, barrinhas de frutas e de proteína para o GPA e outras empresas. Criado em 1995 como fabricante de bolachas com recheio, hoje são os maiores produtores de barras para terceiros da América Latina. A fábrica, de 13.000 metros quadrados e 300 funcionários, fica em Diadema, São Paulo.
  • 6. Secos e molhados

    6 /24(Karin Salomão/Site Exame)

    As barras de cereais começam na mistura de ingredientes secos: aveia em flocos, flocos de trigo, arroz e milho, castanhas, entre outros, que podem ser vistos nesta foto. A mistura seca é banhada com um xarope de glicose, gordura vegetal de palma, mel, aromatizantes e outros aditivos. Este líquido, concentrado e espesso, é misturado aos ingredientes a uma temperatura de 120°C.
  • 7. Comprimida

    7 /24(Karin Salomão/Site Exame)

    A massa de cereais e xaropes é misturada e precisa ser moldada. Esse rolo irá transformá-la em um tapete.
  • 8. Irregular

    8 /24(Karin Salomão/Site Exame)

    Este é o primeiro estágio da barrinha de cereais. O tapete ainda está irregular e irá passar por um novo rolo de compressão para nivelar a sua altura.
  • 9. Alisado

    9 /24(Karin Salomão/Site Exame)

    Aqui o tapete de massa já está mais regular e liso. A temperatura da mistura ainda é bastante alta e desprende um cheiro de frutas e melado. Dependendo do sabor que está sendo produzido, é nessa etapa que a máquina acrescenta granulados ou coco ralado, por exemplo.
  • 10. Do quente ao frio

    10 /24(Karin Salomão/Site Exame)

    O alimento irá passar por um túnel de resfriamento, a uma temperatura inferior a 10°C. Com alguns metros de comprimento, o túnel irá facilitar o trabalho de corte da barrinha mais para a frente.
  • 11. Tiras de cereais

    11 /24(Karin Salomão/Site Exame)

    Assim que sai do túnel, a massa é separada em tiras. Aqui, há um detector de metais para garantir a segurança dos alimentos.
  • 12. Guilhotina

    12 /24(Karin Salomão/Site Exame)

    As tiras de cereais se transformam em barrinhas com a ação de uma guilhotina. As rebarbas não são descartadas e voltam a se misturar à massa seca e xarope no começo da linha.
  • 13. No padrão

    13 /24(Karin Salomão/Site Exame)

    Um funcionário retira aleatoriamente barras da linha de produção para verificar se o peso está adequado e dentro dos padrões.
  • 14. Banho delicioso

    14 /24(Karin Salomão/Site Exame)

    Chegou a hora das barrinhas receberem uma camada de chocolate, que deixa o produto mais saboroso. O banho de chocolate é feito debaixo de uma esteira.
  • 15. Prontas

    15 /24(Karin Salomão/Site Exame)

    Aqui estão as barras prontas, antes de serem embaladas, já frias e com o chocolate endurecido.
  • 16. No saquinho

    16 /24(Karin Salomão/Site Exame)

    As barrinhas já embaladas seguem para a venda nos supermercados Pão de Açúcar. Como a Kobber fabrica dezenas de variedades de barras, inclusive de companhias concorrentes, a mudança na linha de fabricação é constante. Para limpar as máquinas e mudar o tipo de barra, leva de uma a três horas, dependendo do nível de complexidade do alimento.
  • 17. Outro produto

    17 /24(Karin Salomão/Site Exame)

    A fabricação da granola Taeq é bastante parecida com a das barras de cereais. Aqui, os ingredientes secos estão sendo levados para a máquina misturadora, depois de serem separados e pesados.
  • 18. Mistura

    18 /24(Karin Salomão/Site Exame)

    O xarope é misturado aos cereais da mesma forma que ocorre com as barras.
  • 19. Rolo

    19 /24(Karin Salomão/Site Exame)

    Aqui está a granola já misturada e estendida sobre uma esteira.
  • 20. Forno

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    Ao contrário da barra de cereais, que passa por um túnel de resfriamento, a granola é assada em um forno, de 160°C a 190°C. O cheiro de fruta, como maçã e banana, é bem forte nesta etapa.
  • 21. Delicadamente

    21 /24(Karin Salomão/Site Exame)

    Depois de passar pelo forno, com diversos metros de comprimento, a granola que ainda se parece com uma fusão de ingredientes é separada delicadamente, para que os grãos não se quebrem. Esta etapa é um segredo de fábrica da Kobber e não pode ser fotografada. Divididos, os cereais são então pesados. Neste momento, são acrescentadas frutas, passas, nozes e outros elementos na proporção correta.
  • 22. Embalagem

    22 /24(Karin Salomão/Site Exame)

    O alimento segue para a máquina embaladora. O tempo total de fabricação da granola é de 35 minutos, da combinação de ingredientes à embalagem.
  • 23. Centro de distribuição

    23 /24(Grupo Pão de Açúcar/Divulgação)

    Os produtos que são vendidos pelo Grupo Pão de Açúcar chegam a um de seus centros de distribuição e se dirigem para as lojas das bandeiras Pão de Açúcar ou Extra.
  • 24 /24(Grupo Pão de Açúcar)

    A massa de cereais e xaropes é misturada e precisa ser moldada. Esse rolo irá transformá-la em um tapete de cereais.
  • Acompanhe tudo sobre:Como se fazPão de AçúcarSedes de empresas

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