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Nokia registra queda nas vendas em 2013

O desempenho no último trimestre não ajudou, e a companhia finlandesa observou queda nas vendas, apesar de um crescimento no lucro operacional

Fábrica da Nokia na Alemanha: vendas líquidas caíram 17% e fecharam 2013 com 12,709 bilhões de euros (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de janeiro de 2014 às 15h20.

São Paulo - A Nokia enfrentou um ano atípico em 2013, com episódios como a venda da divisão de dispositivos e serviços móveis para a Microsoft por 5,44 bilhões de euros em novembro, troca de comando e a incorporação da Siemens em sua divisão de infraestrutura de rede, agora chamada de Nokia Solutions and Networks (ainda com a sigla NSN).

O desempenho no último trimestre não ajudou, e a companhia finlandesa observou queda nas vendas, apesar de um crescimento no lucro operacional.

As vendas líquidas caíram 17% e fecharam 2013 com 12,709 bilhões de euros. Somente no último trimestre, a queda foi de 21%, totalizando 3,476 bilhões de euros.

O desempenho foi negativo em todas as regiões nos últimos três meses, com as maiores quedas na América do Norte e na América Latina, com 33% de recuo cada. Dessa forma, o mercado latino-americano passou a vender mais apenas do que a região do Oriente Médio e da África.

Por sua vez, o lucro operacional cresceu 26% no consolidado do ano e somou 1,436 bilhão de euros, mas observou queda de 39% no trimestre, com 408 milhões de euros.

Quedas individuais

A NSN foi a divisão que mais contribuiu nas vendas, mas também mostrou quedas de 22% no trimestre e de 18% no ano.

Na seção agora chamada de "operações descontinuadas", a divisão de dispositivos também registrou queda de 29% nas vendas no trimestre, finalizando o período com 2,633 bilhões de euros. No consolidado do ano, a queda foi também de 29%, totalizando 10,735 bilhões de euros.


A Nokia afirma que isso aconteceu porque as vendas de celulares teriam sido afetadas "por dinâmicas da indústria competitiva, incluindo competição intensa de smartphone e preços cada vez mais baixos e competição intensa em nosso portfólio de produtos low-end".

Em particular, de acordo com a empresa, a venda de smartphones teria sido afetada pelo bom momento da concorrência e pela transição de sistemas Symbian para a linha Lumia, com Windows Phone.

No período, a Nokia lançou o primeiro tablet Windows, o Lumia 2520, e os phablets Lumia 1520 e 1320. Da mesma forma, em 2013 a empresa lançou novos produtos da série Asha, voltados para mercados em desenvolvimento, com Asha 500, 502 e 503.

As vendas do Here, serviço de localização da Nokia, também mostraram queda: 9% no trimestre (254 milhões de euros) e 17% no ano (914 milhões de euros).

Na área de "tecnologias avançadas", que engloba o licenciamento de patentes, a empresa registrou queda de 20% no trimestre (121 milhões de euros) e 1% no consolidado do ano (529 milhões de euros). Vale lembrar que a empresa aumentou recentemente o acordo de uso de patentes com a Samsung por mais cinco anos, a partir de janeiro.

Definição do futuro

O CEO interino e chairman da Nokia, Risto Siilasmaa, disse em comunicado que a empresa está trabalhando para definir a direção do futuro da companhia finlandesa, destacando que o primeiro trimestre de 2014 costuma ser fraco em operações, mas que poderá ter um crescimento significativo com a expectativa de fechamento da transação com a Microsoft.

Siilasmaa assumiu o posto após o afastamento de Stephen Elop do cargo "para evitar a percepção de qualquer conflito de interesses em potencial" com a Microsoft, com quem Elop sempre manteve ligações e onde chegou a ser cotado para assumir o lugar de Steve Ballmer.

Para cumprir as obrigações dos planos de ações restritas de 2010 e 2011 que devem vencer em 2014, o board de diretores da companhia decidiu emitir 3,03 milhões de ações da Nokia.

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São Paulo - A Nokia enfrentou um ano atípico em 2013, com episódios como a venda da divisão de dispositivos e serviços móveis para a Microsoft por 5,44 bilhões de euros em novembro, troca de comando e a incorporação da Siemens em sua divisão de infraestrutura de rede, agora chamada de Nokia Solutions and Networks (ainda com a sigla NSN).

O desempenho no último trimestre não ajudou, e a companhia finlandesa observou queda nas vendas, apesar de um crescimento no lucro operacional.

As vendas líquidas caíram 17% e fecharam 2013 com 12,709 bilhões de euros. Somente no último trimestre, a queda foi de 21%, totalizando 3,476 bilhões de euros.

O desempenho foi negativo em todas as regiões nos últimos três meses, com as maiores quedas na América do Norte e na América Latina, com 33% de recuo cada. Dessa forma, o mercado latino-americano passou a vender mais apenas do que a região do Oriente Médio e da África.

Por sua vez, o lucro operacional cresceu 26% no consolidado do ano e somou 1,436 bilhão de euros, mas observou queda de 39% no trimestre, com 408 milhões de euros.

Quedas individuais

A NSN foi a divisão que mais contribuiu nas vendas, mas também mostrou quedas de 22% no trimestre e de 18% no ano.

Na seção agora chamada de "operações descontinuadas", a divisão de dispositivos também registrou queda de 29% nas vendas no trimestre, finalizando o período com 2,633 bilhões de euros. No consolidado do ano, a queda foi também de 29%, totalizando 10,735 bilhões de euros.


A Nokia afirma que isso aconteceu porque as vendas de celulares teriam sido afetadas "por dinâmicas da indústria competitiva, incluindo competição intensa de smartphone e preços cada vez mais baixos e competição intensa em nosso portfólio de produtos low-end".

Em particular, de acordo com a empresa, a venda de smartphones teria sido afetada pelo bom momento da concorrência e pela transição de sistemas Symbian para a linha Lumia, com Windows Phone.

No período, a Nokia lançou o primeiro tablet Windows, o Lumia 2520, e os phablets Lumia 1520 e 1320. Da mesma forma, em 2013 a empresa lançou novos produtos da série Asha, voltados para mercados em desenvolvimento, com Asha 500, 502 e 503.

As vendas do Here, serviço de localização da Nokia, também mostraram queda: 9% no trimestre (254 milhões de euros) e 17% no ano (914 milhões de euros).

Na área de "tecnologias avançadas", que engloba o licenciamento de patentes, a empresa registrou queda de 20% no trimestre (121 milhões de euros) e 1% no consolidado do ano (529 milhões de euros). Vale lembrar que a empresa aumentou recentemente o acordo de uso de patentes com a Samsung por mais cinco anos, a partir de janeiro.

Definição do futuro

O CEO interino e chairman da Nokia, Risto Siilasmaa, disse em comunicado que a empresa está trabalhando para definir a direção do futuro da companhia finlandesa, destacando que o primeiro trimestre de 2014 costuma ser fraco em operações, mas que poderá ter um crescimento significativo com a expectativa de fechamento da transação com a Microsoft.

Siilasmaa assumiu o posto após o afastamento de Stephen Elop do cargo "para evitar a percepção de qualquer conflito de interesses em potencial" com a Microsoft, com quem Elop sempre manteve ligações e onde chegou a ser cotado para assumir o lugar de Steve Ballmer.

Para cumprir as obrigações dos planos de ações restritas de 2010 e 2011 que devem vencer em 2014, o board de diretores da companhia decidiu emitir 3,03 milhões de ações da Nokia.

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