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Nissan anuncia local de fábrica no Brasil em outubro, diz fonte

Um dos locais mais avaliados é o estado do Rio de Janeiro. Unidade terá investimento bilionário e incluirá produção de carros elétricos, segundo uma fonte das negociações

Atualmente, a Nissan divide um complexo fabril no Paraná com sua parceira francesa Renault e produz no país a picape Frontier (Sérgio Sade/Quatro Rodas)

Atualmente, a Nissan divide um complexo fabril no Paraná com sua parceira francesa Renault e produz no país a picape Frontier (Sérgio Sade/Quatro Rodas)

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Da Redação

Publicado em 27 de setembro de 2011 às 16h22.

São Paulo - A Nissan deve anunciar o local de instalação de uma fábrica no Brasil na semana que vem, em um investimento bilionário que poderá incluir a produção de veículos elétricos, segundo uma fonte envolvida nas negociações.

O estado do Rio de Janeiro é um dos principais destinos avaliados pela segunda maior montadora de veículos do Japão.

"Eles pretendem investir cerca de 1,5 bilhão de dólares na fábrica", informou a fonte, que pediu para não ser identificada. "Eles falaram em fabricar 220 mil carros por ano (...) Carros populares, carros elétricos, três a quatro segmentos de veículos", acrescentou.

O investimento daria mais espaço para o crescimento da marca no quarto maior mercado de veículos do mundo.

Atualmente, a Nissan divide um complexo fabril no Paraná com sua parceira francesa Renault. A Nissan produz no país a picape Frontier e os modelos da família do monovolume Livina no município de São José dos Pinhais.

O anúncio coincide com um momento em que as montadoras japonesas enfrentam um iene forte no Japão, o que reduz a competitividade de suas exportações.

Além disso, surge em meio a uma série de investimentos em novas unidades produtivas no Brasil por novos entrantes, como as chinesas JAC e Chery, e de montadoras estabelecidas há mais tempo no país como Fiat, General Motors e Toyota.

O investimento também será revelado pouco depois que o governo federal aumentou o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de veículos importados em 30 pontos percentuais, exigindo das montadoras índice de nacionalização de 65 por cento e o cumprimento de uma série de etapas produtivas no Brasil como contrapartida para evitarem a alta do tributo.

Segundo a fonte, a Nissan avaliou vários Estados para o investimento, incluindo Bahia, Paraná e São Paulo, mas o Rio de Janeiro está no topo da lista, com as cidades de Resende, Porto Real e o complexo industrial do empresário Eike Batista, que está sendo construído em São João da Barra, na lista de preferências da montadora.

Resende possui fábricas de automóveis da Peugeot e de ônibus e caminhões da Volkswagen, enquanto Porto Real abriga uma unidade da Citroen.


Em junho, a Nissan anunciou que iria construir uma fábrica no Brasil, para aliviar suas instalações no México, mas não anunciou até agora detalhes sobre os planos.

Em abril do ano passado, o presidente mundial da montadora, Carlos Ghosn, assinou com a prefeitura de São Paulo parceria para estudar oportunidades de uso de veículos elétricos na capital paulista.

De janeiro a agosto, a Nissan acumula vendas de 36.819 automóveis e comerciais leves no Brasil, ante 19.906 no mesmo período de 2010. A empresa subiu uma colocação no ranking de montadoras, para 12o lugar, passando de 0,96 para 1,65 por cento de market share, segundo a associação de concessionários Fenabrave.

Procurada no Brasil, a Nissan confirmou que vai construir uma fábrica no país com capacidade para cerca de 200 mil veículos.

A unidade faz parte do plano "Power 88", que tem como objetivo aumentar a participação de mercado mundial e a margem de lucro da companhia para oito por cento em seis anos.

A assessoria da Nissan não comentou detalhes sobre o investimento ou local da fábrica.

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