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Net quer expandir atividades no Nordeste em 2010

Por Mônica Ciarelli Rio - A Net chega a 2010 com planos de expandir suas atividades no Nordeste. De olho nesse mercado em expansão, o presidente da companhia, José Antônio Félix, não descarta aquisições. Em 2009, a empresa absorveu duas operadoras de TV por assinatura: a Big TV, que atua em Guarulhos, e a AS90, […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h47.

Por Mônica Ciarelli

Rio - A Net chega a 2010 com planos de expandir suas atividades no Nordeste. De olho nesse mercado em expansão, o presidente da companhia, José Antônio Félix, não descarta aquisições. Em 2009, a empresa absorveu duas operadoras de TV por assinatura: a Big TV, que atua em Guarulhos, e a AS90, que oferece serviços em Vila Velha e Vitória (ES).

"O Nordeste mudou. Tem mais poder aquisitivo", afirmou. Segundo ele, a Net hoje ainda é muito focada nas regiões Sul e Sudeste. No Nordeste, a empresa oferece TV por assinatura apenas nas cidades de Maceió, Fortaleza e João Pessoa. O executivo lembra que outra prioridade da Net é aumentar sua presença na classe C. Segundo ele, esse passo é fundamental para a operadora de TV a cabo expandir significativamente seus negócios no Brasil. "O combo é nossa primeira experiência bem-sucedida", explicou. Segundo ele, esse produto, que engloba serviço de internet e telefonia fixa, permite preços mais baixos, o que torna a companhia mais atraente para o público de renda mais baixa.

A intenção da Net é investir em 2010 cerca de R$ 1 bilhão, mesmo valor aplicado em 2009, ano em que a empresa ainda sentiu os impactos da crise mundial. "O ano de crise para a Net foi nota 7. Sem crise poderia ser nota 9". Até o terceiro trimestre, a empresa tinha 3,6 milhões de clientes de TV por assinatura e 2,8 milhões em banda larga.

O presidente da Net não acredita que a chegada da francesa Vivendi ao Brasil irá provocar uma guerra de preços nos serviços banda larga. No mês passado, o grupo francês comprou a operadora de telefonia fixa brasileira GVT por R$ 7,2 bilhões.

O executivo lembra que as empresas do setor já trabalham com uma margem de geração de caixa pequena - a Net opera em banda larga com uma margem Ebitda de 26%. "Não acredito em mágicas", alfinetou. O grupo francês chegou ao Brasil com discurso de reduzir os preços dos serviços em banda larga. Mas, para Félix, o discurso parece "algo meio marqueteiro". E completou: "Se essas empresas se aventurarem num mercado desconhecido vão pagar um preço alto. Sem uma mudança na estrutura de custos não tem mágica." Para Félix, o alto valor pago pela Vivendi para comprar a GVT surpreendeu o setor. "É um negócio que ninguém entendeu no mercado. O preço pago é espantoso, mas não acredito que venham para fazer loucuras", concluiu.

 

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