Neoenergia pode aumentar fatia em Belo Monte, diz fonte
Além da Neoenergia, a Funcef, fundo de pensão dos funcionários da Caixa, que detém 2,5 por cento da Norte Energia, também estaria negociando elevar sua fatia no consórcio
Da Redação
Publicado em 25 de maio de 2011 às 18h02.
São Paulo - A Neoenergia pode ampliar sua participação no consórcio Norte Energia, responsável pela usina hidrelétrica de Belo Monte (PA), afirmou uma fonte próxima ao assunto nesta quarta-feira.
A Neoenergia --que tem como sócios a espanhola Iberdrola, o Banco do Brasil e o fundo de pensão Previ-- possui 10 por cento da Norte Energia por meio da controlada Bolzano Participações.
Além da Neoenergia, a Funcef --fundo de pensão dos funcionários da Caixa--, que detém 2,5 por cento da Norte Energia, também estaria negociando elevar sua fatia no consórcio, segundo a fonte, que falou à Reuters sob condição de anonimato.
Procurada pela Reuters, a Funcef não tinha representantes imediatamente disponíveis para comentar o assunto.
O aumento da participação de Bolzano e Funcef seria por meio da saída de algumas empresas da Norte Energia.
O presidente da J.Malucelli Construtora, Joel Malucelli, afirmou à Reuters que a empresa, que possui 1 por cento do consórcio, não tem interesse em continuar no projeto de Belo Monte. O grupo, entretanto, continuaria presente no consórcio por meio da J.Malucelli Energia, que possui fatia de 0,25 por cento.
"Não está no foco da construtora a permanência como investidora... Ainda não colocamos nossa participação à venda, mas não temos interesse em continuar no projeto", disse o executivo.
De acordo com ele, nenhum interessado entrou em contato com a construtora. "Fizemos todos os aportes necessários e faremos mais se for preciso. Não estamos preocupados por ainda estarmos participando e não temos pressa", disse Malucelli.
"Se houver uma boa oferta, vendemos. Se não, continuamos."
A Galvão Engenharia, que tem 1,25 por cento do consórcio, afirmou que foi formalizado um pedido para a saída do consórcio junto aos demais integrantes, enquanto a Contern, do Grupo Bertin e com 1,25 por cento da Norte Energia, confirmou que deve sair, com anúncio oficial da decisão nos próximos dias.
A Serveng, por sua vez, disse que não iria comentar o assunto, enquanto Cetenco e Mendes Júnior não retornaram as solicitações. As três empresas possuem cada uma 1,25 por cento de participação na Norte Energia.
A usina de Belo Monte será instalada no rio Xingu e terá potência de 11,2 mil megawatts, o que fará dela a terceira maior do mundo, atrás de Itaipu (divisa do Brasil com Paraguai) e Três Gargantas (China).
As principais acionistas do consórcio Norte Energia são as estatais Chesf e Eletronorte, do sistema Eletrobras, além da própria holding, com participação combinada de 49,98 por cento.
A licença ambiental de instalação definitiva da hidrelétrica deve ser liberada até sexta-feira, dia 27, disseram à Reuters duas fontes a par do assunto na terça-feira.
São Paulo - A Neoenergia pode ampliar sua participação no consórcio Norte Energia, responsável pela usina hidrelétrica de Belo Monte (PA), afirmou uma fonte próxima ao assunto nesta quarta-feira.
A Neoenergia --que tem como sócios a espanhola Iberdrola, o Banco do Brasil e o fundo de pensão Previ-- possui 10 por cento da Norte Energia por meio da controlada Bolzano Participações.
Além da Neoenergia, a Funcef --fundo de pensão dos funcionários da Caixa--, que detém 2,5 por cento da Norte Energia, também estaria negociando elevar sua fatia no consórcio, segundo a fonte, que falou à Reuters sob condição de anonimato.
Procurada pela Reuters, a Funcef não tinha representantes imediatamente disponíveis para comentar o assunto.
O aumento da participação de Bolzano e Funcef seria por meio da saída de algumas empresas da Norte Energia.
O presidente da J.Malucelli Construtora, Joel Malucelli, afirmou à Reuters que a empresa, que possui 1 por cento do consórcio, não tem interesse em continuar no projeto de Belo Monte. O grupo, entretanto, continuaria presente no consórcio por meio da J.Malucelli Energia, que possui fatia de 0,25 por cento.
"Não está no foco da construtora a permanência como investidora... Ainda não colocamos nossa participação à venda, mas não temos interesse em continuar no projeto", disse o executivo.
De acordo com ele, nenhum interessado entrou em contato com a construtora. "Fizemos todos os aportes necessários e faremos mais se for preciso. Não estamos preocupados por ainda estarmos participando e não temos pressa", disse Malucelli.
"Se houver uma boa oferta, vendemos. Se não, continuamos."
A Galvão Engenharia, que tem 1,25 por cento do consórcio, afirmou que foi formalizado um pedido para a saída do consórcio junto aos demais integrantes, enquanto a Contern, do Grupo Bertin e com 1,25 por cento da Norte Energia, confirmou que deve sair, com anúncio oficial da decisão nos próximos dias.
A Serveng, por sua vez, disse que não iria comentar o assunto, enquanto Cetenco e Mendes Júnior não retornaram as solicitações. As três empresas possuem cada uma 1,25 por cento de participação na Norte Energia.
A usina de Belo Monte será instalada no rio Xingu e terá potência de 11,2 mil megawatts, o que fará dela a terceira maior do mundo, atrás de Itaipu (divisa do Brasil com Paraguai) e Três Gargantas (China).
As principais acionistas do consórcio Norte Energia são as estatais Chesf e Eletronorte, do sistema Eletrobras, além da própria holding, com participação combinada de 49,98 por cento.
A licença ambiental de instalação definitiva da hidrelétrica deve ser liberada até sexta-feira, dia 27, disseram à Reuters duas fontes a par do assunto na terça-feira.