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Natura investe em logística para crescer no Brasil e no exterior

Novos centros de distribuição e estocagem estão nos planos para o próximo ano

Casa Natura: para sustentar as vendas, empresa vai investir em distribuição (LIA LUBAMBO /EXAME)
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Da Redação

Publicado em 27 de outubro de 2010 às 11h25.

São Paulo - A Natura está expandido sua rede de produção e logística. O novo modelo prevê a expansão do Espaço Natura, em Cajamar, quatro novos centros de distribuição (CDs) até 2011 e dois novos hubs (centros de estocagem). Dois CDs já foram inaugurados em outubro - em Uberlândia (MG) e em Castanhal (PA).

Em 2011, será inaugurado um centro de distribuição em Curitiba (PR), cuja abertura está prevista para junho, e outro em São Paulo, no último trimestre. Os investimentos serão pagos com recursos próprios, segundo a Natura.

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“Não há intenção captar recursos no mercado para isso”, diz João Paulo Ferreira, vice-presidente de operações e logística da Natura. Em 2009, o capex indicado para 2010 era de cerca de 250 milhões de reais. A empresa ainda não divulgou seu capex para 2011, mas o executivo afirma que ele “será compatível com nossa evolução histórica e ambições de crescimento.”

A empresa não divulgou qual será o aumento na capacidade da empresa após as ampliações, mas espera que o resultado esteja de acordo com o crescimento atual. A expansão da Natura tem girado em torno de 20%. “Dobramos o tamanho do negócio a cada quatro anos”, afirma Ferreira. O número de hubs e “principalmente CDs” poderá evoluir, mais somente depois de 2011, segundo Ferreira. Na área operacional a empresa dobra de tamanho a cada um ano e meio.

Expansão

No CD de São Paulo, estão sendo implantadas novas tecnologias para separação de produtos (picking). Com o novo modelo de picking, a Natura quer mais que duplicar - e possivelmente triplicar – a produtividade, segundo Ferreira. O centro será inaugurado na segunda metade de 2011 e poderá ter 30% de seus funcionários portadores de necessidades especiais. O CD de São Paulo será operado com colaboradores próprios e ainda não tem local definido, mas estará em um raio de 10 a 20 quilômetros de Cajamar.


No ano que vem, será realizada ainda a ampliação das unidades fabris em Cajamar e Benevides. Serão feitos dois novos hubs no Brasil - em Belém e Salvador - e três no exterior - Colômbia, Chile e México. No próximo ano, também está prevista a ampliação dos CDs de Mathias Barbosa (MG), Simões Filho (BA) e Jaboatão dos Guararapes (PE). Em 2010, a empresa duplicou a capacidade do seu centro de distribuição em Canoas, no Rio Grande do Sul.

Parte do ciclo logístico da empresa é entregar, a cada 21 dias, 950.000 caixas de produtos para mais de 1,2 milhão de consultoras. A empresa produz cerca de 345 milhões de unidades de produtos por ano. São quatro fábricas no país. Em 2009, a empresa possuía 1 hub no Brasil, 11 centros de distribuição e 22 terceiristas. O objetivo é, em 2011, ter 3 hubs no país, 14 centros de distribuição, 26 terceiristas e 3 fábricas no exterior.

Entre os resultados esperados pela Natura com as mudanças está a maior integração com fornecedores, redução nas emissões de CO2, presença global e capital de giro otimizado. A nova rede de distribuição reduz a emissão relativa de CO2 em 25%, segundo a Natura. Um dos objetivos é diminuir o ciclo do pedido - tanto até a consultora como até o consumidor final, que atualmente é de cerca de quinze dias. A empresa espera reduções “significativas” nos ciclos dos pedidos, segundo Ferreira.

Toda a proposta de resíduos sólidos da companhia está sendo redesenhada, para mudanças em 2011. Além disso, os processos de planejamento integrado da cadeia estão sendo modificados - para ver o que está acontecendo nas operações em tempo real - e isso começará a funcionar em janeiro de 2011.

O Brasil é o terceiro maior mercado de cosméticos do mundo, segundo a Natura. “Rapidamente caminhando para ser o segundo”, diz Ferreira. Os primeiros são Estados Unidos e Japão. A participação da Natura, em mercado alvo (todos os mercados em que atua) é de 24%.

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