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"Não me deixo pressionar", diz conselheira do Cade sobre Kroton

Cristiane Alkmin criticou o vazamento de informações do processo de fusão da Kroton e Estácio na imprensa, e defendeu que sua avaliação do caso é técnica

Kroton: segundo fontes, o Cade não aprovará a fusão com a Estácio (Germano Lüders/Site Exame)

Kroton: segundo fontes, o Cade não aprovará a fusão com a Estácio (Germano Lüders/Site Exame)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de junho de 2017 às 18h26.

São Paulo e Brasília - Antes de iniciar seu voto sobre a fusão de Kroton e Estácio, a conselheira relatora do caso no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Cristiane Alkmin, fez críticas ao vazamento de informações do processo na imprensa e defendeu que sua avaliação do caso é técnica.

"Não me deixo ser pressionada por nenhuma força política ou econômica", afirmou.

A relatora citou ainda casos em que ela teve posição divergente do restante do conselho e disse que isso não a incomoda.

"Não me sensibilizou qualquer tema político ou qualquer consultor que tenha sido contratado de qualquer passo. O voto que apresentarei é técnico", declarou.

Um caso em que a opinião da conselheira divergiu da posição da maioria foi o da fusão da BM&FBovespa e Cetip, que formou a B3.

Na época, ela defendeu a imposição de restrições que não foram acatadas por outros conselheiros.

A conselheira disse ainda que não se sensibiliza com o fato de o Cade ter um histórico baixo de reprovações de atos de concentração.

"Sei que o Cade tem um histórico de reprovar poucas operações. Deveria reprovar mais? Talvez", disse Cristiane, acrescentando que, para ela, o histórico recente "tem peso zero".

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