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Não há queda de braço com governo, diz Graça Foster

Presidente da Petrobras afirmou que não há data definida para o aumento do combustível e que definição do modelo de divisão dos royalties não impacta a companhia do ponto de vista econômico

Maria das Graças Silva Foster, presidente-executiva da Petrobras, comparece ao Comitê de Minas e Energia na Câmara (Ueslei Marcelino/Reuters)

Maria das Graças Silva Foster, presidente-executiva da Petrobras, comparece ao Comitê de Minas e Energia na Câmara (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2012 às 13h55.

São Paulo - Segundo a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, a relação de trabalho da companhia com o governo é extremamente técnica. Perguntada sobre o possível aumento da gasolina para diminuir o descasamento entre o preço de importação e o repassado ao mercado interno, a executiva afirmou que "definitivamente não há queda de braço entre a Petrobras e o controlador da companhia".

Em encontro realizado pelo Lide (Grupo de Líderes Empresariais) nesta tarde, em São Paulo, Graça Foster acrescentou que não há data definida para um ajuste no preço dos combustíveis. A Petrobras precisa importar gasolina para suprir a demanda brasileira, embora não repasse esses valores na íntegra para não contribuir com a escalada da inflação. Nos cálculos do Bank of America, a prática deve impactar as contas da empresa em 4 a 6 bilhões de dólares no ano que vem, a menos que a política de preços seja revista.

"Compreendo o quão aborrecidos estão conosco os nossos acionistas minoritários, mas temos trabalhado intensamente para aumentar a eficiência da companhia", disse Graça. 

Perguntada sobre uma eventual falta de gasolina, ela afirmou ainda que isso não ocorrerá, a despeito de o estado do Amapá ter enfrentado escassez do combustível em outubro. "O que aconteceu foi o planejamento indevido de uma das distribuidoras que opera na região, e não a Petrobras", afirmou. "Quando o mercado está comprador, não podemos pecar no planejamento."

Royalties

Enquanto acontecem atos no Rio de Janeiro em defesa da manutenção da distribuição dos royalties, a presidente da Petrobras defende em São Paulo que seja escolhido o modelo que cause menos "desentendimento possível, com o máximo de aceitação".

"Nós pagamos [os royalties] e do ponto de vista econômico, não faz diferença entre um modelo ou outro", disse Graça Foster. "Para nós o que faz diferença é que a equação seja resolvida o mais rápido possível, para que tenhamos um marco regulatório conhecido e reconhecido. Precisamos que haja novas licitações", finalizou.

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