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Na Stone, fomentar empreendedorismo é (quase) tão importante quanto as maquininhas

Com um braço de atuação social independente, a empresa mantém diversos programas de apoio a empreendedores e à educação de base

Stone: programas educacionais e de apoio ao empreendedorismo (Leandro Fonseca/Exame)
MC

Maria Clara Dias

Publicado em 2 de julho de 2022 às 10h00.

Última atualização em 4 de julho de 2022 às 11h25.

Para Augusto Lins, poucos negócios são capazes de sobreviver sem alguma inclinação para o social. À frente da Stone, uma companhia de serviços financeiros responsável por popularizar as maquininhas Brasil adentro, Lins acredita que parte do DNA — e do sucesso — da fintech está na atuação social e no apoio ao empreendedorismo. "É uma visão que nos acompanha desde o início", diz.

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Segundo ele, o posicionamento em favor de empreendedores e pequenos lojistas é o que, lá na ponta, inspirou a fundação do negócio propriamente dito. Agora, para continuar na corrente de apoio aos pequenos empreendimentos do país, a Stone formaliza programas de apoio a profissionais autônomos em regiões periféricas e comemora a conclusão da primeira turma de mulheres empreendedoras em São Paulo.

A ação, oferecida em parceria com a startup social Somos Todas Marias e Sebrae, capacitou profissionalmente 40 empreendedoras do setor de beleza, com aulas de gestão, organização financeira e marketing. Do lado tecnológico, a Stone se encarregou de oferecer a essas empreendedoras um software de gestão de clientes e agendamento de atendimentos, a Trinx, além de uma solução de pagamentos que transforma celulares em maquininhas.

O lado social da Stone

O braço social da companhia, chamado de Stone Impacta, existe desde 2021. De lá para cá, o incentivo financeiro da Stone em projetos de educação para jovens e a associação com organizações não governamentais que trabalham em regiões periféricas e com públicos em situação de vulnerabilidade já chegou a cerca de 30 cidades, e quatro regiões do país.

Nesse ritmo, o Stone Impacta tem duas frentes de atuação principais: educação e empreendedorismo. Na primeira, o intuito está em apoiar a formação de jovens de altas habilidades, aqueles com desempenho fora da curva, na rede pública de ensino.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que 5% da população faz parte desse público. Mas, no Brasil, apenas 20.000 superdotados já foram identificados. ”São jovens com potencial de transformação e que precisam apenas de oportunidades. Precisamos encontrá-los”, diz Lins.

A intenção é conectar esses jovens superdotados a universidades de ponta, diminuindo (ao menos em partes) a defasagem educacional com aulas adicionais de literatura, inglês, matemática e habilidades socioemocionais.

Um projeto mantido pela Stone, Instituto Apontar, Instituto Virgolim, Alicerce Educação e a Prefeitura do Rio de Janeiro já encontrou 250 dessas crianças e jovens na rede municipal de ensino carioca no último ano. Já em São José dos Campos, em São Paulo, uma ação em parceria com a escola Instituto Alpha Lumen (IAL) busca crianças habilidosas e as prepara para se tornarem líderes e cidadãs de impacto. Algo como 150 bolsas de estudos também já foram oferecidas pelo IAL — das quais 43 foram financiadas diretamente pela Stone.

A escolha dos dois nortes da atuação social da Stone foi feita a partir de experiências próprias dos fundadores, afirma o presidente. “Partimos do princípio de que a educação é a base para tudo e a principal ferramenta de transformação no longo prazo", diz. "Já o empreendedorismo é a base para a geração de empregos e a chave para transformação econômica de milhões de pessoas".

Além da ação com a Somos Todas Marias, a Stone mantém ao menos três projetos simultâneos de apoio ao empreendedorismo. Um deles, com a Rede Mulher Empreendedora, promoveu encontros e aulas sobre gestão de negócios, vendas, redes sociais e relacionamento com cliente para 370 empreendedores. As aulas contam com a participação de voluntários da fintech.

No longo prazo, a intenção da Stone é transformar seu lado social em uma grande rede pautada em dados. O racional está em entender que a partir da análise de dados, o negócio pode ter insights valiosos para a própria companhia. "Um time dedicado a isso foi criado, por exemplo. Queremos acompanhar como está o desempenho dessas pessoas mesmo após o curso de empreendedorismo", diz. "Essa é nossa base de clientes, e entender suas dores e desempenho é algo essencial para nós".

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