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Na JBS, as dúvidas continuam

Nesta segunda-feira a companhia de alimentos JBS deve ser um ponto fora da curva na divulgação de resultados das empresas do setor. As principais concorrentes listadas, BRF e Marfrig, anunciaram prejuízos de 460 milhões e 241 milhões de reais, respectivamente. Para a JBS, analistas preveem um lucro de cerca de 400 milhões de reais, ante prejuízo […]

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Da Redação

Publicado em 13 de março de 2017 às 06h25.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h20.

Nesta segunda-feira a companhia de alimentos JBS deve ser um ponto fora da curva na divulgação de resultados das empresas do setor. As principais concorrentes listadas, BRF e Marfrig, anunciaram prejuízos de 460 milhões e 241 milhões de reais, respectivamente. Para a JBS, analistas preveem um lucro de cerca de 400 milhões de reais, ante prejuízo de 275 milhões de reais no mesmo período de 2015.

O bom resultado deve ser fruto da expansão das vendas no mercado americano, enquanto a receita no Brasil deve ser fraca por conta da crise que afetou as compras no fim de ano. A teleconferência de resultados na terça-feira pela manhã ainda deve trazer boas notícias para 2017. Em dezembro a companhia anunciou o plano de fazer uma abertura de capital da JBS Foods International na bolsa de Nova York ainda no primeiro semestre deste ano. A JBS Food International vai abrigar todos os negócios internacionais e a divisão de alimentos Seara da JBS e terá sede na Holanda. O plano foi anunciado após o BNDES, que é acionista da JBS, vetar o plano da empresa de ter sede na Irlanda.

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Apesar dos resultados positivos, uma grande dúvida paira sobre os investidores: até que ponto a citação aos donos do grupo J&F (Joesley e Wesley Batista), que controla a JBS, em operações policiais afetará o desempenho da companhia?

Na semana passada Mario Celso Lopes, ex-sócio de Joesley Batista, foi preso temporariamente na Operação Greenfield, que investiga fraudes em negócios de fundos de pensão com grandes grupos empresariais. Segundo a Procuradoria Lopes e Batista estariam “arquitetando meios a fim de influir ou dificultar a investigação”. No ano passado, a Polícia Federal chegou a fazer buscas na casa de Joesley e na J&F e conduziu coercitivamente os dois irmãos, em desdobramentos da Operação Lava-Jato.

Em fevereiro deste ano, o Ministério Público Federal pediu novo afastamento de Batista do comando da J&F. Em entrevista para a Folha de S. Paulo na época ele disse que não deixaria o comando da empresa por não ter feito nada de errado e afirmou que vai provar “ponto a ponto” que as suspeitas “são falsas”. O ano de 2017 deve ser de alta tensão para a companhia.

 

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