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Na Apple, a preocupação com o futuro do iPhone X

Companhia divulga seu balanço do último trimestre do ano passado nesta quinta-feira

iPhone é o principal produto da Apple e responsável pela maior parcela do faturamento da empresa
DR

Da Redação

Publicado em 1 de fevereiro de 2018 às 06h40.

Última atualização em 1 de fevereiro de 2018 às 15h26.

A Apple , maior empresa de tecnologia do planeta, divulga seu balanço do último trimestre do ano passado nesta quinta-feira e investidores esperam um recorde nos lucros, com a empresa embolsando 19 bilhões de dólares.

Se confirmado o montante seria o maior lucro que uma companhia já teve em um trimestre — e quebraria um recorde que atualmente pertence à própria Apple.

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O preço de 1.000 dólares do mais novo iPhone X, o modelo mais novo e tecnológico da empresa, deve impactar nos lucros, principalmente com analistas esperando por vendas em torno de 29 milhões de unidades.

A estimativa é que o faturamento da Apple seja de 87 bilhões de dólares, acima dos 78,2 bilhões um ano atrás — alta de 11,25%.

Se as expectativas se confirmarem, a Apple deve fazer a festa dos investidores, que ainda comemoram a notícia da repatriação de 250 bilhões de dólares que a companhia anunciou recentemente, com muitos esperando uma recompra de ações — ambas as notícias poderiam levar a Apple a ser a primeira empresa a ter valor de mercado superior a 1 trilhão de dólares.

Mas nem só de boas novas vive a Apple. Esta semana, a empresa afirmou que cortará pela metade a meta de produção do iPhone X no primeiro trimestre de 2018, de 40 milhões de unidades para 20 milhões.

O iPhone é o principal produto da Apple e responsável pela maior parcela do faturamento da empresa. A redução da meta de produção preocupa. Pode significar que as vendas no último trimestre ficaram abaixo do esperado.

Para o analista Toni Sacconaghi, da empresa de pesquisas Bernstein, apesar da venda de 29 milhões de iPhone X, a venda dos celulares deve fechar o período com 53 milhões de unidades vendidas, abaixo dos 62 milhões esperados pela mediana dos analistas. O número é bem abaixo dos 78,3 milhões de aparelhos vendidos no último trimestre de 2017.

Segundo a analista do Deutsche Bank, Sherri Scribner, os dados apontam que o “super ciclo” de celulares da empresa para o ano fiscal não irá se completar. “Os celulares eram caros demais para adoção em massa, consumidores estão mantendo seus aparelhos por mais tempo por causa do elevado custa de troca, e as novidades do iPhone X não foram suficientes para levar os consumidores a comprar novos celulares”, afirmou em relatório.

Quando foi lançado, o iPhone X foi chamado pelos críticos de “o primeiro celular impagável” da história. A cada dia que passa, eles parecem ter um pouco mais de razão.

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