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Webjet é vendida para empresários dos setores de turismo e rodoviário

Sem voar desde novembro, companhia aérea foi criada para atuar no modelo de baixo custo e baixo preço, mas não suportou a concorrência

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h38.

Os atuais controladores da Webjet, que está sem voar desde novembro do ano passado, desistiram de vez do mercado aéreo brasileiro. A empresa confirmou nesta terça-feira (17/1) sua venda para um grupo de empresários do segmento de transporte e turismo, e por investidores estrangeiros. A transferência de controle já foi apresentada ao Departamento de Aviação Civil (DAC) e aguarda a aprovação.

Os novos donos da Webjet são figuras importantes no setor rodoviário brasileiro. Um deles é Wagner Abrahão, dono do Grupo Águia, que controla diversas empresas, todas do segmento de turismo. Entre elas estão a Pallas, a Synergy e a Stella Barros, cujo nome-fantasia foi adquirido pela Assetur, também pertencente ao grupo.

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O outro investidor é o Grupo Jacob Filho, dono de uma das maiores frotas de ônibus do Rio de Janeiro, a Normandy. A Expresso Guanabara e a Util (União Transporte Interestadual de Luxo) também pertencem ao empresário.

Quanto aos investidores estrangeiros que compõem a parceria, nenhum detalhe foi divulgado. A empresa também não informou o valor da transação.

A exemplo da Gol e de companhias estrangeiras como a JetBlue, a Webjet foi fundada para atuar no segmento de aviação de baixo custo. A Webjet não suportou, porém, a concorrência com TAM e Gol e, no final do ano passado, decidiu suspender suas operações. A empresa não tem aeronaves próprias, apenas dívidas. No entanto, segundo um consultor, o passivo não deve ser alto. "Provavelmente os novos donos preferiram assumir a dívida a entrar com toda a papelada no DAC para conseguir uma concessão", diz o especialista.

Essa é a terceira vez que empresários do setor rodoviário brasileiro expandem seus negócios para o setor aéreo. Wagner Canhedo, ex-presidente da Vasp, é também dono da Viplan, uma das maiores frotas de ônibus urbanos de Brasília. O segundo a migrar foram Nenê Constantino e seu filho, Constantino Júnior, do Grupo Áurea e fundadores da Gol. Agora, é a vez de Jacob Barata Filho testar suas habilidades empresariais no setor aéreo.

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