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Petrobras desembolsa R$ 503,5 milhões na 7ª Rodada da ANP

Estatal, que arrematou 96 dos 109 blocos que disputou no leilão, concentrou-se na aquisição de áreas com potencial de produção de gás natural. Valor gasto equivale a 46% do total arrecadado pela ANP

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h41.

O interesse por áreas de produção de gás natural levou a Petrobras a registrar sua maior participação em licitações de blocos exploratórios realizadas pela Agência Nacional de Petróleo (ANP). Na sétima rodada de leilões, realizada nesta semana no Rio de Janeiro, a Petrobras adquiriu 503,5 milhões de reais em blocos exploratórios. O valor representa 46% do total que a ANP arrecadou no leilão 1,085 bilhão de reais. No ano passado, por exemplo, a estatal desembolsou 437,344 milhões durante a sexta rodada seu recorde anterior.

Segundo a empresa, 55% da quantia refere-se a regiões com potencial para a produção de gás. A petrolífera ofereceu lances para 109 dos 1 134 blocos disponíveis e arrematou 96, entre campos de óleo, gás e híbridos.

"Os resultados do leilão mostram a tendência da companhia de privilegiar áreas com vocação para gás", afirma Guilherme de Oliveira Estrella, diretor de Exploração e Produção da Petrobras. A empresa investiu 171,2 milhões de dólares para arrematar blocos em cinco áreas específicas de gás as bacias do São Francisco, Espírito Santo (Águas Rasas), Santos (Águas Profundas), Santos (Águas Rasas), e Solimões. Nos próximos anos, serão perfurados 19 poços nessas áreas, o que consumirá investimentos de 404 milhões de dólares.

Isto não significa que a empresa deixou os campos de petróleo de lado. A empresa venceu licitações de blocos nas bacias de Campos e do Espíritos Santo (exploração em águas profundas). Nessas áreas, a empresa espera investir 207 milhões de dólares nos próximos anos, com a perfuração de dez poços.

Segundo Estrella, os blocos adquiridos foram importantes, também, para renovar o estoque de áreas para exploração. Antes das licitações, a petrolífera contava com 121 mil quilômetros quadrados de áreas de exploração. Com os 39,87 mil quilômetros adquiridos neste mês, seu estoque subirá para 160,87 mil quilômetros. A assinatura dos novos contratos de concessão ocorrerá em janeiro de 2006.

As aquisições equilibraram-se entre os blocos de águas profundas (19,73 mil quilômetros quadrados) e em terra (18,97 mil). No total, a empresa contará com 109,43 mil quilômetros em águas profundas e 31,27 mil em terra. O restante será representado por blocos em águas rasas. "Todas as petrolíferas do mundo estão se voltando para as águas profundas", diz Estrella.

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