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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h41.
A Ford precisa de ajuda imediata para enxugar as operações, calibrando-as ao tamanho que detém hoje no mercado americano: 18,8% ante 26,4% há dez anos. O prejuízo antes de impostos nos Estados Unidos supera os 900 milhões de dólares, apenas no segundo trimestre. A companhia já avisou que vai cortar ao menos 2 750 empregos em 2005, mas há avaliações apontando que 30% da força de trabalho pode ser eliminada o que significa 10 500 postos de trabalho.
Reportagem da edição mais recente da revista Fortune afirma que a montadora tem sido lenta em tornar públicos os detalhes da reestruturação, que deverá provavelmente incluir o fechamento de diversas unidades.
Em meio à crise, a Fortune afirma que o próprio presidente executivo e do conselho de administração da montadora, Bill Ford, 48 anos de idade, aparentemente questiona sua capacidade de resgatar a montadora. "Pessoas próximas o descrevem como distraído, evitando decisões operacionais e sem disposição para tomar medidas duras que redimensionem a coporação", diz a revista. "Como cresceu pensando na Ford como parte da família, ele tem dificuldade para ordenar cortes de pessoal e demitir executivos amigos."
A publicação também afirma que os convites feitos por Bill Ford a Carlos Ghosn, CEO da Nissan e da Renault, e a Dieter Zetsche, presidente do conselho da DaimlerChrysler, foram "apenas" para ocupar o posto de número 2 da Ford. "Não se estranha, portanto, que ambos dois dos mais brilhantes executivos da indústria automotiva mundial tenham declinado."