A General Motors (GM) e a Fuji Heavy Industries (FHI) que fabrica os veículos da marca Subaru decidiram encerrar uma parceria de seis anos. A GM anunciou, nesta quarta-feira (5/10), que venderá a participação de 20,1% que detém na FHI, equivalente a 157,262 milhões de ações. A operação marca o início da revisão da estratégia da GM nos mercados asiáticos.

A montadora japonesa Toyota comprará uma fatia de 68 milhões de ações, ou 8,7% do capital da FHI, por cerca de 315 milhões de dólares (35,4 bilhões de ienes). A aquisição tornará a Toyota a maior acionista da companhia, posto ocupado até agora pela GM. Alguns analistas interpretaram a transação como uma ajuda prestada à montadora americana, que registrou prejuízos de 1,1 bilhão de dólares no primeiro trimestre e de 286 milhões no segundo.

O vice-presidente executivo da Toyota, Mitsuo Kinoshita, porém, rejeita essa avaliação. "Não pretendíamos de modo algum ajudar a GM", afirmou ao americano The Wall Street Journal. A transferência dos papéis ocorrerá no próximo dia 12, mas em comunicado aos investidores, a Toyota informou que já assinou um memorando de entendimento com a FHI, para estudar ganhos de sinergia a partir da colaboração em algumas áreas de negócios.

Sem perspectivas

Em comunicado à imprensa, a FHI afirmou que a saída da GM de seu quadro societário deve-se à pequena perspectiva de ganhos da colaboração no futuro. "As duas companhias concluíram que futuros benefícios mútuos gerados pelos projetos conjuntos são improváveis e concordaram em encerrar sua aliança estratégia e societária", diz a FHI.

Troy Clarke, presidente da GM na Ásia, apresenta explicação semelhante em comunicado divulgado pela montadora. "A GM e a FHI concluíram que não há colaboração suficiente para sustentar a aliança e que os interesses de cada um serão melhor atendidos a partir de diferentes abordagens".

A parceria entre as montadoras foi assinada em dezembro de 1999. Em abril do ano seguinte, a GM adquiriu participação societária na FHI. Desde então, diversos projetos foram desenvolvidos, como a fabricação do modelo Saab, que será mantida. Outros projetos, porém, serão interrompidos, como a criação de um modelo fora-de-estrada baseado no Saab.