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Multas da CVM sobre empresas listadas crescem 89% no 1º semestre

Segundo o documento, a CVM também emitiu 172 ofícios a empresas listadas, a maioria pedindo explicações sobre informações veiculadas na mídia

CVM: "Tal incremento decorreu em grande parte por conta de inúmeras notícias veiculadas na imprensa sobre a operação Lava Jato" (Nacho Doce/Reuters)

CVM: "Tal incremento decorreu em grande parte por conta de inúmeras notícias veiculadas na imprensa sobre a operação Lava Jato" (Nacho Doce/Reuters)

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Reuters

Publicado em 9 de dezembro de 2016 às 21h32.

São Paulo - A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aplicou 168 multas contra empresas listadas na BM&FBovespa no primeiro semestre por falhas na divulgação de informações, um aumento de 89 por cento ante mesma etapa de 2015.

O dado faz parte do Relatório Semestral da Supervisão Baseada em Risco referente à atuação da autarquia e que foi divulgado nesta sexta-feira.

Segundo o documento, a CVM também emitiu 172 ofícios a empresas listadas, a maioria pedindo explicações sobre informações veiculadas na mídia. O número é 61 por cento maior do que na mesma etapa do ano passado.

"Tal incremento decorreu em grande parte por conta de inúmeras notícias veiculadas na imprensa sobre a operação Lava Jato. Aproximadamente uma terça parte dos ofícios foram encaminhados para apenas duas companhias", disse o relatório.

O levantamento aponta que de janeiro a junho surgiram 24 casos de companhias que divulgaram suas demonstrações financeiras acompanhadas por relatórios de auditores com ressalvas ou abstenção de conclusão.

Destes, um foi arquivado e os demais continuam em andamento.

Outra revelação apontada pelo relatório foi uma pesquisa feita pela CVM com empresas listadas na bolsa, na qual questionou 264 companhias se elas tinham deficiências significativas nos controles internos.

Deste universo, 216 companhias afirmaram em 2015 não ter deficiências significativas, mas em 2016 apenas 156 afirmaram não ter deficiências, ou seja, uma redução de 60 empresas, ou 28 por cento.

Analisadas individualmente, das 216 companhias que em 2015 informaram não ter deficiências significativas, apenas 137 mantiveram a informação em 2016. As outras 79 restantes admitiram ter algum tipo de falha significativa.

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