Filme "Mulher-Maravilha" (Filme "Mulher-Maravilha"/Divulgação)
Tatiana Vaz
Publicado em 6 de agosto de 2017 às 08h00.
Última atualização em 6 de agosto de 2017 às 08h00.
São Paulo – Enquanto a economia sofre com a recessão do consumo, a cena no setor de cinema é outra. O fato das pessoas gastarem menos com viagens e festas no cenário de crise, tem feito com que o cinema tenha atraído mais gente, como uma opção mais acessível de lazer.
De acordo com dados da Ancine (Agência Nacional de Cinema), a receita com as bilheterias do país tiveram um aumento de 6,6% de janeiro a junho deste ano, comparado ao mesmo período de 2016.
No total, o setor arrecadou 1,5 bilhão de reais nos primeiros seis meses de 2017.
Entre os cinco filmes mais vistos no Brasil três são protagonizados por mulheres e um é nacional. O clássico A Bela e a Fera, com 130 milhões de reais em bilheteria, lidera o ranking, seguido por Mulher Maravilha (101,9 milhões de reais faturados) e Minha Mãe É Uma Peça 2 (73,4 milhões de reais).
O resultado é fruto de uma tendência mundial de ampliar o debate em torno das causas feministas, segundo a opinião de Marcelo Lima, da Expocine.
“O mercado audiovisual percebeu este movimento e o público tem respondido de maneira positiva”, afirma Lima. “Não foi à toa que escolheram lançar agora a Mulher Maravilha, como forma de representar o protagonismo da mulher”.
No período foram lançados 78 filmes brasileiros, dez a mais que no 1º semestre de 2016. No entanto, a fatia dos filmes estrangeiros no bolo faturada pelo setor no país é ainda muito grande: 86,6% contra os 13,4% conquistados pelos filmes nacionais.