Pesquisa: a mistura de gêneros permite a mescla de habilidades de liderança (Getty Images)
Daniela Barbosa
Publicado em 1 de agosto de 2012 às 16h56.
São Paulo – Uma mulher pode fazer toda a diferença em uma empresa como membro do conselho administrativo. Pelo menos é isso que afirma um estudo divulgado, nesta terça-feira, pelo Research Institute, centro de pesquisa do banco Credit Suisse.
De acordo com a pesquisa, companhias que mantiveram uma ou mais mulheres em seus conselhos cresceram, em média, 14% nos últimos seis anos. Já as empresas sem mulheres cresceram 10% no mesmo período. O estudo foi realizado com cerca de 2.400 companhias, de diferentes setores e regiões do mundo.
Além do crescimento, o preço das ações das companhias e o retorno sobre capital também foram maiores nas empresas com conselhos compostos por mulheres de homens.
“A mistura de gêneros permite a mescla de habilidades de liderança. Quando homens e mulheres tomam decisões importantes juntos, a governança corporativa melhora. As mulheres são mais cautelosas e avessas ao risco, por exemplo”, afirmou o relatório do Credit Suisse.
Mulheres em evidência
Outro dado divulgado pelo estudo foi o crescimento do número de mulheres nos conselhos das companhias de diferentes partes do mundo. Em 2005, cerca de 40% das empresas mantinham mulheres em seus conselhos. No ano passado, esse número saltou para quase 60%.
Em algumas áreas, como a de saúde, por exemplo, a participação de mulheres chega a ser ainda maior, cerca de 70% das empresas desse segmento mantêm pessoas do sexo feminino no conselho.
Em outros setores, no entanto, como de tecnologia e indústria, o número é mais restrito e menos de 50% das companhias desses segmentos têm conselhos mistos.
No Brasil, de acordo com a pesquisa, em 2005, apenas 30% das empresas tinham mulheres como membros de conselho. No ano passado, mais de 42% delas mesclaram seus conselhos de administração.