Negócios

Apresentado por CEDRO PARTICIPAÇÕES

Quatro mulheres inspiradoras com profissões ainda incomuns no universo feminino

De minas de ferro a cabines de helicóptero: embora ainda haja desafios, mulheres estão abrindo espaço em ambientes antes exclusivamente masculinos

Sara Santos da Silva, uma das colaboradoras da Cedro Mineração: é ela quem garante a estabilidade da produção em uma mina de ferro no turno da noite (Fernanda Xavier/Divulgação)

Sara Santos da Silva, uma das colaboradoras da Cedro Mineração: é ela quem garante a estabilidade da produção em uma mina de ferro no turno da noite (Fernanda Xavier/Divulgação)

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Publicado em 28 de março de 2024 às 10h00.

Última atualização em 2 de abril de 2024 às 11h04.

Cada vez mais, a famosa frase “lugar de mulher é onde ela quiser” é amplificada em seu sentido prático. No mercado de trabalho, em especial, são poucas as ocupações antes predominantemente masculinas em que ela ainda não tenha aberto espaço e mostrado seu valor.

Os desafios pela equidade permanecem grandes, mas passos importantes estão sendo dados, protagonizados por profissionais que não se intimidaram com os estereótipos, se qualificaram para a posição que desejavam e hoje estão em ambientes pouco comuns entre as mulheres.

Para fechar o mês em que se celebra o Dia da Mulher, conheça quatro dessas profissionais inspiradoras.

Karla Lessa Alvarenga Leal, comandante de helicóptero de resgate

Há 22 anos no Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, a tenente-coronel Karla Lessa Alvarenga Leal, de 41 anos, atual Comandante do Batalhão de Operações Aéreas, foi a primeira mulher comandante de helicóptero do Corpo de Bombeiros no Brasil.

Seu dia a dia realizando resgates, além de ser desafiador física e emocionalmente, é bastante arriscado. “Muitas vezes, utilizamos a aeronave em situações extremas. Isso exige boa habilidade do piloto, tomada de decisão eficiente e trabalho em equipe de alto nível para que não haja erros e aconteça um acidente”, comenta.

Karla Lessa Alvarenga Leal: comandante do Batalhão de Operações Aéreas do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais. (Douglas Magno/Divulgação)

Depois de anos em atividades próprias de um bombeiro, como salvamentos, combate a incêndios e resgates em locais de difícil acesso, a vontade de continuar ajudando diretamente a população foi o que a motivou a virar piloto. “Com o tempo, o oficial vai ganhando outras colocações e tende a ficar em funções mais tranquilas, administrativas. Mas eu não, eu queria atender as pessoas de perto”, conta a tenente-coronel.

"Somente 3% dos pilotos de helicóptero e avião no Brasil são mulheres"Agência Nacional de Aviação Civil (Anac)

Ela cita, como um dos resgates mais marcantes da sua carreira, o episódio em que uma equipe de colegas bombeiros, a caminho do sul de Minas, se envolveu em um grave acidente automobilístico. Um deles ficou preso às ferragens e foi necessário apoio com o helicóptero comandado por ela. “Atuar no salvamento de uma pessoa que é próxima, do trabalho, é difícil, exige muito da parte emocional para que o atendimento seja o melhor possível.”

Amplamente reconhecida hoje por seu profissionalismo no comando de helicópteros, ela se recorda de que nem sempre foi assim. Logo depois de virar comandante, em 2015, era comum, quando saía da aeronave, as pessoas duvidarem de quem estava pilotando por ser mulher.

“Estamos ainda em um momento de construção. Mas é muito mais comum hoje, do que há dez anos, encontrar mulheres exercendo diferentes profissões e cargos. O debate sobre isso nos fortalece e mostra que é possível ocupar qualquer função, desde que nos qualifiquemos e realmente aquilo se enquadre no nosso perfil”, analisa.

Sara Santos da Silva, operadora mantenedora em uma mina

Quando perguntam a Sara Santos da Silva, de 28 anos, qual é o seu trabalho, a reação costuma ser de surpresa, seguida de admiração. Ela trabalha como operadora mantenedora em uma mineradora de ferro, onde tem como responsabilidade operar equipamentos da planta de mineração. O seu turno é o da noite, onde é a única mulher.

“Quem conhece a área fica admirado. E os que não conhecem fazem dezenas de perguntas e geralmente chegam à conclusão de que trabalhar em uma mina não é para eles”, diverte-se.

Sara Santos da Silva, operadora mantenedora: para ela, toda mulher tem capacidade e competência para sentar na cadeira que quiser (Fernanda Xavier/Divulgação)

A rotina de trabalho é de muita responsabilidade. Mas é essa a parte que Sara mais gosta na profissão. “Me motiva o desafio diário de produzir um minério de ferro com qualidade, mantendo o ritmo de produção e garantindo a segurança de todos na empresa”, diz, orgulhosa, a funcionária da Cedro Mineração.

Técnica em siderurgia e em meio ambiente, ela trabalhava no ramo siderúrgico antes de se encantar pela exploração de minério. Atualmente, faz graduação em mineração.

“Toda mulher tem capacidade e competência para sentar-se na cadeira que quiser. Cada uma possui um perfil e precisa buscar um trabalho que realize seus ideais enquanto profissional. A pessoa vai brilhar no que, além de se qualificar, atuar com amor e vontade. Falo por mim: amo o que faço!”

"As mulheres são apenas 17% da força de trabalho na mineração brasileira"WIM BRASIL

Para seguir crescendo na área que escolheu, Sara lida com desafios também fora do expediente. Ela é mãe solo de um menino de 4 anos, autista, e não tem rede de apoio. Seu filho faz terapias diárias e é ela quem leva e acompanha cada sessão.

“Ou seja, trabalho e estudo noite e dia. Não me canso porque é pela expectativa de ver o progresso do meu filho; ele é o amor da minha vida. E o amor, inclusive pela profissão, é persistente, não cansa, alimenta suas energias”, finaliza.

Fabiana Nascimento Almeida, operadora de portêiner

Quem já passou por um porto, provavelmente reparou o tamanho dos guindastes usados para a movimentação de contêineres. No controle do maior deles, chamado portêiner, um gigante com 50 metros de altura e pesando mais de mil toneladas, está Fabiana do Nascimento Almeida.

Com 41 anos, ela é a primeira e única operadora de portêiner no Porto de Santos, o principal do país. Para ter uma noção da sua responsabilidade, além do grande porte, este é o equipamento mais valioso presente nos portos, custando US$ 10 milhões (cerca de R$ 50 milhões).

Fabiana do Nascimento Almeida: primeira mulher a operar o maior guindaste de um porto, com mais de mil toneladas. (DP WORLD/Divulgação)

Anteriormente, Fabiana já havia sido pioneira, como a primeira mulher operadora de RTG, guindaste móvel que é o segundo maior equipamento de um terminal portuário, função que desempenhou na empresa onde trabalha, a DP World, por sete anos.

"No setor portuário, as mulheres ocupam 17% ​do total de vagas"Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq)

Trabalhar no porto era um sonho antigo, mas a vida acabou tomando outros rumos. Formada em administração e contabilidade, ela administrava uma escola de informática quando resolveu mudar de carreira. Então, preparou-se para buscar uma oportunidade no setor portuário e, em 2012, deu certo. Só não podia imaginar que faria história, rompendo tantas barreiras.

Gabriela Alves, eletricista industrial

Única mulher na sua função também na área de mineração da Cedro, Gabriela Alves, de 31 anos, é outra que surpreende quando diz com que trabalha: ela é eletricista industrial. “Algumas pessoas nem acreditam quando conto minha profissão, por ser algo tipicamente masculina”, comenta.

No currículo, ela coleciona tarefas arriscadas que impressionam quem não é da área. Já trabalhou em pontes rolantes a 30 metros do chão, subiu em torres de iluminação para manutenção em sistemas de rádio e fez manobras elétricas em painéis energizados com mais de 4.000 volts, por exemplo.

Gabriela Alves, eletricista: a prova de que mulheres são capazes, não importa a área (Fernanda Xavier/Divulgação)

Atualmente, a rotina é menos radical, porém não menos importante. É ela quem assessora o setor de compras na aquisição de novos materiais eletroeletrônicos, faz a programação das atividades preventivas em geral e acompanha os indicadores elétricos da empresa.

Gabriela vem investindo na carreira desde os 16 anos, quando cursou elétrica industrial no Senai, sob incentivo da avó. De lá para cá, continuou os estudos na área e se consolidou na profissão que, segundo ela, é estimulante pelo constante aprendizado. “Estou sempre me desenvolvendo como profissional”, conta.

"No setor elétrico, a participação feminina em cargos operacionais é de 11%"Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)

Assim, sempre se aperfeiçoando, ela pretende chegar longe, inspirando-se nas mulheres que hoje comandam grandes empresas. “A presença da mulher está cada dia mais forte e aos poucos estamos provando que somos capazes, em qualquer área. Já somos líderes em vários setores, acredito que futuramente isso será ainda mais comum.”

Cedro: portas abertas em todas as áreas

A trajetória dessas mulheres reflete uma visível mudança social em curso, em que mais mulheres se lançam em carreiras onde antes não se enxergavam e, na outra ponta, mais organizações abrem espaço para essas profissionais. É o caso da Cedro Participações, grupo em que Sara e Gabriela trabalham.

A holding, fundada pelo empresário mineiro Lucas Kallas, com negócios nos ramos de mineração, agronegócio, real estate e infraestrutura, se destaca pelas políticas de recursos humanos bastante comprometidas com a diversidade, equidade e inclusão.

Segundo o gerente de RH da Cedro, Felipe Pequeno, proporcionar oportunidades para as mulheres em todas as áreas do negócio é uma das formas pelas quais a empresa coloca essa abordagem em prática.

“Estamos rompendo com o convencional, oferecendo não só posições administrativas, mas também atraindo talentos femininos para os desafios operacionais. Além de promover a igualdade, isso nos enriquece com perspectivas e experiências diferentes, impulsionando a inovação”, destaca.

O dobro de participação feminina em dois anos

Considerando apenas o setor de mineração, principal área de negócio da Cedro hoje, 83% dos trabalhadores no Brasil são homens, conforme relatório da Women in Mining Brasil (no mundo, a média passa dos 90%).
Esse é um cenário que a empresa vem buscando continuamente desconstruir. Apenas de 2022 para cá, a companhia ampliou em 100% o número de mulheres no quadro de funcionários. Entre os cargos de gestão, já são 17 delas ocupando posições de liderança em todos os níveis organizacionais, da supervisão à diretoria.

“Reconhecemos que esses números ainda são crescentes, há muito espaço para melhorias em termos de equidade de gênero na empresa”, diz Pequeno. “A Cedro Mineração está empenhada em aumentá-los e garantir uma representação mais equitativa das mulheres em cargos de liderança”, acrescenta.

Remuneração baseada na meritocracia

Apesar de a disparidade salarial entre os gêneros ter caído nos últimos dez anos (seis pontos percentuais), conforme o IBGE, este também continua sendo um desafio: a remuneração das mulheres corresponde, em média, a 78% do que é pago aos homens.

Para Sara, funcionária da Cedro, felizmente isso não é um problema. Acostumada a atuar em ambientes tradicionalmente masculinos, nunca recebeu menos que os colegas homens.

“Sempre fui tratada igualmente, destinada a realizar as mesmas atividades e me mostrei capaz. Até quando levantei a mão para pedir ajuda fui compreendida e respeitada como mulher. Temos uma diferença anatômica dos homens e precisamos entender isso também, inclusive para uma boa logística de tarefas profissionais”, relata.

Na Cedro Participações, funções e remunerações são pautadas pela meritocracia. Por meio de uma avaliação de desempenho, todos os colaboradores são avaliados de maneira equitativa e as oportunidades de desenvolvimento são oferecidas igualmente.

“Nas nossas avaliações salariais, que são regulares, consideramos as habilidades, a experiência e o desempenho de cada um dos colaboradores, independentemente do seu gênero”, ele enfatiza.

Inclusão dentro e fora da companhia

O comprometimento da Cedro Participações com a inclusão da mulher em setores de predominância masculina, como a mineração, faz parte de uma questão maior, prioritária para a companhia: o olhar atento e cuidadoso com as pessoas.

Mais do que valorizar e estimular o potencial de cada funcionário, há uma genuína preocupação com o seu bem-estar físico e mental no ambiente de trabalho, por meio de uma série de ações no cotidiano profissional que incluem a participação dos familiares.

O mesmo espírito ecoa para fora da companhia, com o envolvimento da Cedro em mais de 60 projetos sociais, culturais, esportivos e de saúde nas comunidades em que atua (conheça alguns aqui).

“Nossa empresa investe fortemente em uma comunicação diária e escuta ativa e promove ações que vão além do nosso dia a dia. Assim, nossos valores, propósitos e essência são colocados em prática e externados em todas as nossas ações e relações. É parte do jeito Cedro de fazer negócios”, conclui o gestor de RH.

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