Essa é uma das oito refinarias que a Petrobras pôs à venda (Luiz Souza/NurPhoto/Getty Images)
Agência O Globo
Publicado em 10 de julho de 2020 às 08h56.
Última atualização em 10 de julho de 2020 às 08h59.
O fundo de investimento árabe Mubadala fez a melhor oferta e passou à frente do grupo indiano Essar na disputa para comprar a segunda maior refinaria no Brasil, a Rlam, na Bahia. Essa é uma das oito refinarias que a Petrobras pôs à venda no país.
Com a melhor proposta, o fundo ganhou o direito de discutir com exclusividade os termos do contrato de compra com a estatal, numa negociação que deve levar várias semanas. É a chamada fase vinculante.
A notícia foi divulgada primeiro pela Reuters e confirmada na noite desta quinta-feira pela Petrobras. Mubadala e Essar não responderam aos pedidos de comentários.
A estatal disse em nota que "o início das negociações com o participante que apresentou a melhor proposta é um desdobramento esperado nos projetos de desinvestimento, do qual não há previsão de divulgação ao mercado".
Se o contrato mudar significativamente, a empresa chamará os concorrentes para uma segunda rodada de lances com base em preço.
“Após a conclusão das negociações com o primeiro colocado, há ainda possibilidade de ocorrer uma nova rodada de propostas vinculantes com os participantes classificados para essa fase, a depender dos termos dos contratos negociados”, destacou a Petrobras em comunicado.
O conglomerado indiano Essar também fez uma oferta vinculante pela Rlam e poderá competir novamente pela refinaria caso a Petrobras promova uma nova rodada.
O vencedor final será divulgado apenas após a conclusão de todas as etapas.
A Rlam tem capacidade para processar 330.000 barris por dia. Com a venda desta e das demais sete unidades, a Petrobras planeja pôr fim ao monopólio no processamento de combustíveis no Brasil e reduzir seu endividamento.