Projeto da MRV: no segundo trimestre, foram lançados 45 novos empreendimentos, distribuídos em cerca de 31 cidades (.)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.
São Paulo - A incorporadora MRV negou que tenha registrado atrasos na entrega de obras. A empresa afirma que isso ocorreu apenas na entrega das chaves, por causa da burocracia envolvida no processo. "O maior empecilho que existe hoje para a construção é a burocracia", afirmou Rubens Menin Teixeira de Souza, diretor presidente da MRV, em teleconferência de resultados, realizada hoje (leia mais sobre a teleconferência).
Segundo o presidente, após o final da obra, a empresa precisa de uma certidão que demora de 60 a 90 dias - varia conforme a cidade da obra. Depois de obtida a certidão, é necessário fazer a averbação no cartório, o que chega a demorar 90 dias em alguns cartórios, segundo o diretor-presidente. "Os cartórios não estão preparados para esse crescimento no mercado", disse.
"É uma pena (o atraso) porque a construtora tem um prédio pronto e não recebe pelo total, o cliente também não recebe, é um sistema perde-perde. Mas, no Brasil, é assim; é muito burocratizado", disse Menin.
No primeiro semestre foram entregues (obras acabadas) aproximadamente 5.000 apartamentos. A empresa prevê terminar mais 15.000 unidades no segundo semestre, aproximadamente. O aumento é expressivo, porque o número do primeiro semestre reflete o período de crise do final de 2009, quando a empresa desacelerou seus lançamentos, segundo Leonardo Guimarães Corrêa, diretor executivo de finanças.
No segundo trimestre, foram lançados 45 novos empreendimentos (11.682 unidades), distribuídos em cerca de 31 cidades. Dos lançamentos, 84% são elegíveis no programa Minha Casa Minha Vida. O VGV (valor geral de venda) do período foi de 1,1 bilhão de reais. No trimestre, o total de vendas contratadas foi de 981,9 milhões de reais - com 9.434 unidades vendidas.