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MPF aguarda inquérito da PF sobre Panamericano

Procuradores pediram a abertura da investigação e aguardam os resultados para saber se farão a denúncia

Sede da PF em Brasília: investigação deve durar até trinta dias (Ana Araújo/VEJA)

Sede da PF em Brasília: investigação deve durar até trinta dias (Ana Araújo/VEJA)

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Da Redação

Publicado em 16 de novembro de 2010 às 13h08.

Os procuradores da República Rodrigo Fraga Leandro de Figueiredo e Anamara Osório Silva, da área especializada em crimes financeiros, aguardam até o fim da primeira quinzena de dezembro o inquérito aberto pela Polícia Federal na semana passada para apurar as suspeitas de irregularidades envolvendo o rombo de R$ 2,5 bilhões no banco Panamericano.

A PF tem 30 dias para enviar o resultado de suas investigações aos procuradores.

Na quinta-feira, o Ministério Público Federal (MPF) instaurou um Procedimento Investigatório Criminal (PIC) para apurar as supostas irregularidades que levaram o Panamericano a apresentar "inconsistências contábeis", segundo o Banco Central (BC), que somavam R$ 2,073 bilhões, quando seu patrimônio era de R$ 1,5 bilhão.

Tal fato levou ao socorro inédito do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) e provocou a demissão de toda a diretoria do banco.

As dificuldades financeiras do banco devem provocar sua venda no curto prazo, como apontou uma fonte que participa das investigações do caso.

O FGC administra um total de R$ 28 bilhões e é formado por recursos repassados pelos bancos comerciais, cujo objetivo principal é cobrir depósitos de correntistas até R$ 60 mil de bancos que passam por problemas de caixa.

Depois que o MPF receber o inquérito da Polícia Federal sobre os fatos relativos ao Panamericano, os procuradores podem decidir se oferecem ou não denúncia à Justiça. Em caso positivo, o caso passaria a ser analisado também por um magistrado federal da área criminal.

Os procuradores federais responsáveis pelo Procedimento Investigatório Criminal (PIC) têm experiência em casos de repercussão nacional. A procuradora Anamara Osório e Silva trabalhou na apuração da operação Satiagraha, enquanto o procurador Figueiredo atuou no episódio relativo ao crime de vazamento da prova do Enem, ocorrido no ano passado.

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