Moto com garantia: no Banco PAN, juros partem de 1,27% mensais, com até cinco anos para pagar (Drs Producoes/Getty Images)
EXAME Solutions
Publicado em 12 de março de 2024 às 16h03.
Última atualização em 25 de junho de 2024 às 15h41.
Você sabia que pode usar a sua moto como garantia em um empréstimo? Em alta no mercado, essa é uma opção bem atrativa para quem precisa de crédito rápido e com juros mais baixos.
Nesse tipo de empréstimo, o consumidor se capitaliza para realizar seus objetivos financeiros, dando a moto como segurança ao banco, sem precisar se desfazer do veículo.
O bem pode ser usado normalmente, mas fica alienado à instituição financeira até que o empréstimo seja totalmente pago.
“Cada vez mais, os consumidores buscam condições comerciais com juros reduzidos, seja para organizar a vida financeira ou realizar seus sonhos. E essa é uma oportunidade bastante competitiva”, diz Thiago Almeida, superintendente executivo de Produtos e Planejamento Comercial do Banco PAN.
A instituição, que lançou a modalidade em fevereiro, é o primeiro banco digital do país a oferecer o produto no portfólio.
O que mais atrai na modalidade são, sem dúvida, os juros mais baixos em comparação a outros tipos de empréstimo.
A diferença é expressiva. Dados do início de março do Banco Central mostram que um empréstimo pessoal não consignado no Brasil pode ter taxas de até 22% ao mês – no caso do PAN, um empréstimo com garantia de moto traz taxas a partir de 1,27% mensais com até 60 meses para pagar.
A possibilidade de liberação de um crédito maior é outro importante ponto a favor: a quantia liberada pode chegar a 100% do valor da motocicleta.
Como o banco tem uma garantia de recebimento, as chances de aprovação do crédito são maiores. Diferentemente de opções mais tradicionais (que requerem comprovação de renda), o acesso ao crédito é facilitado, inclusive, para profissionais autônomos.
“Além de ser uma linha de crédito mais barata, os clientes que optam por essa modalidade não precisam vender a moto e continuam utilizando o veículo durante o período do empréstimo”, destaca Almeida.
Para solicitar esse tipo de empréstimo, primeiramenteé preciso que a moto atenda a alguns critérios básicos, que variam de acordo com as regras de cada instituição financeira.
“No PAN, aceitamos motos com até 15 anos de uso e que atendam algumas condições mínimas: estarem quitadas, em nome do solicitante do empréstimo, em bom estado de conservação e sem pendências ou restrições, como multas e licenciamento vencido”, explica Almeida.
Atendendo às especificações do banco, é realizada uma avaliação da moto. Como essa etapa é eliminatória, as informações devem apontar com exatidão qual o estado do veículo.
Em alguns bancos, a vistoria para o empréstimo é feita presencialmente, com ajuda de especialistas parceiros. No exemplo do PAN, o processo de avaliação é 100% online. Para isso, o cliente recebe um link com o passo a passo, que inclui o envio de fotos e a descrição de itens específicos.
“Essas imagens são analisadas e validadas por consultores especializados e ainda realizamos algumas consultas para garantir que não existem pendências administrativas ou judiciais”, explica o executivo.
É baseado no valor da moto que o limite de crédito será determinado. Se for avaliada em R$ 10 mil, por exemplo, e o banco oferecer até 50% do bem, o cliente poderá conseguir até R$ 5 mil como empréstimo.
Cada banco tem um teto de quanto pode emprestar. No Banco PAN, por exemplo, a quantia liberada pode chegar a até 100% do valor de mercado da moto de acordo com o resultado da análise de crédito.
Assim como no mercado de financiamento de veículos, no momento da contratação do empréstimo, a garantia (no caso, a moto) fica alienada ao banco até a quitação do contrato.
Se o cliente não pagar as parcelas, primeiro ele será notificado para que efetue o pagamento. Caso continue em atraso, especialistas da instituição entrarão em contato para negociar um acordo. Se ainda assim a pessoa seguir inadimplente, é feita a entrega amigável da moto para cobrir a dívida.
“O recebimento da garantia é efetuado apenas como último recurso após esgotamento de todas as alternativas de acordo ou renegociação existentes”, enfatiza Almeida.
No processo de contratação do empréstimo, os especialistas comerciais do banco provavelmente irão oferecer também um seguro de proteção financeira (prestamista) que cobre situações imprevistas, como desemprego.
O executivo do Banco PAN recomenda a adesão: “Assim, o cliente se protege, contando com a cobertura de até três parcelas do empréstimo em caso de desemprego ou incapacidade física e amortização do saldo devedor em caso de morte ou invalidez permanente.”
Agora, se o bem usado como garantia for roubado, não há seguro atrelado ao contrato que cubra a situação. Nesse caso, o seguro acionado deve ser o automotivo, se a moto contar com essa proteção. Aí, basta informar o banco para que seja feita uma substituição da garantia pelo novo veículo ou usar o valor do seguro para quitar a dívida.