Negócios

MMX amplia prejuízo no 3º trimestre para R$1,2 bi

Maior impacto negativo, de R$ 913 milhões, foi relativo ao reconhecimento de redução do valor recuperável dos ativos de Serra Azul


	Mina de ferro da MMX: receita operacional líquida ficou em 339 milhões de reais no período de julho a setembro
 (Rich Press/Bloomberg)

Mina de ferro da MMX: receita operacional líquida ficou em 339 milhões de reais no período de julho a setembro (Rich Press/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de novembro de 2013 às 20h25.

Rio de Janeiro - A mineradora MMX registrou prejuízo líquido de 1,2 bilhão de reais ante resultado negativo de 100,6 milhões de reais um ano antes, informou a empresa nesta sexta-feira.

O maior impacto negativo, de 913 milhões de reais, foi relativo ao reconhecimento de redução do valor recuperável dos ativos de Serra Azul e direitos minerários de Bom Sucesso.

A companhia afirmou que do lado operacional, ainda apresenta desafios na busca de maior eficiência.

"Diante de um cenário desfavorável de crédito, a diretoria manteve as mesmas diretrizes do trimestre anterior, buscando preservar ao máximo o caixa da empresa sendo obrigada a praticamente parar as obras de implementação do projeto Serra Azul bem como desacelerar as atividades no Superporto Sudeste", disse a empresa em seu relatório de resultados.

A receita operacional líquida ficou em 339 milhões de reais no período de julho a setembro, aumento de 38 por cento na comparação com o mesmo período de 2012.

Em meio ao difícil cenário para a empresa no terceiro trimestre, a MMX reiterou a contratação de consultores externos para buscar "alternativas e oportunidades de negócios".

A empresa revisou seu plano de negócios e celebrou contratos com a Trafigura e Mubadala para venda de 65 por cento do capital social da MMX Porto Sudeste, além de acordo para venda da totalidade de ações da Unidade Chile junto a Inversiones Cooper Mining. "E está em andamento a venda da Unidade Corumbá", disse em seu relatório.

A companhia disse ainda ter enfrentado durante o terceiro trimestre problemas operacionais na Unidade Serra Azul (MG), o que levou uma queda na produção.

A MMX registrou queda de 33 por cento na produção de minério de ferro, que totalizou 1,4 milhão de toneladas, que também foi afetada pela paralisação das atividades da unidade de Corumbá e restrições operacionais na MMX Sudeste.

"No Sistema Corumbá, optou-se pela parada na produção desde julho procurando adequar a demanda da região ao estoque disponível com foco nos ajustes de custos da empresa." No final do terceiro trimestre, a posição de caixa da MMX era de 87 milhões de reais, e a dívida financeira estava em 2,7 bilhões de reais.

O Ebtida (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi negativo em 69,8 milhões de reais, ante um resultado positivo de 47,1 milhões de reais um ano antes.

Segundo a empresa, o Ebitda foi afetado negativamente em 113,4 milhões de reais pelo provisionamento dos valores relativos à multa do contrato de operação portuária entre a MMX Porto Sudeste e Usiminas.

Acompanhe tudo sobre:Empresasgestao-de-negociosMineraçãoMMXPrejuízoResultadoSiderúrgicas

Mais de Negócios

Empreendedorismo feminino cresce com a digitalização no Brasil

Quanto aumentou a fortuna dos 10 homens mais ricos do mundo desde 2000?

Esta marca brasileira faturou R$ 40 milhões com produtos para fumantes

Esse bilionário limpava carpetes e ganhava 3 dólares por dia – hoje sua empresa vale US$ 2,7bi