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Metalúrgicos da fábrica da Ford de Taubaté encerram greve

A greve começou na segunda-feira em razão de impasse entre os trabalhadores e a empresa em relação à jornada semanal

Ford: os trabalhadores não serão afetados pelos dias de paralisação (Ralph Orlowski/Getty Images)

Ford: os trabalhadores não serão afetados pelos dias de paralisação (Ralph Orlowski/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 6 de julho de 2017 às 20h45.

São Paulo - Os metalúrgicos da fábrica da Ford em Taubaté, no interior de São Paulo, voltaram ao trabalho nesta quinta-feira, 6, depois de três dias de greve.

A decisão de retorno ocorre após proposta feita pelo Tribunal Regional de Trabalho (TRT) de Campinas. Os trabalhadores não serão afetados pelos dias de paralisação.

A greve começou na segunda-feira em razão de impasse entre os trabalhadores e a empresa em relação à jornada semanal.

Enquanto os funcionários queriam trabalhar de segunda-feira a sexta-feira, a empresa pretendia retomar esquema adotado em 2012, em que se trabalhava de segunda-feira a sábado com uma folga na semana.

O TRT propôs que os metalúrgicos voltassem ao trabalho na jornada de segunda-feira a sexta-feira, sem que eles sofram descontos em seus salários referentes aos dias sem trabalho. Uma votação entre os trabalhadores foi realizada na tarde desta quinta-feira e maioria se posicionou a favor.

Em 2012, quando a produção batia recorde, a empresa e os funcionários concordaram, com o objetivo de ampliar a capacidade da fábrica, em operar com uma jornada de segunda-feira a sábado, com uma folga na semana, com seis turmas em três turnos.

Tal medida, segundo a empresa, aumentou a produtividade e resultou na contratação de mais 500 funcionários.

No entanto, com a crise, a produção caiu e o acordo passou a ser desnecessário. Agora que os volumes estão voltando a subir, a Ford quer retomar o que foi combinado em 2012.

"A não implementação dessa jornada ameaça seriamente a competitividade da planta", disse a empresa na terça-feira. A Ford também afirmou que a paralisação travaria investimento de R$ 1,2 bilhão na fábrica.

De acordo com a assessoria de imprensa do sindicato dos metalúrgicos da região, os funcionários se recusaram a voltar ao que foi combinado em 2012 porque, pela experiência que tiveram, não consideram favorável, principalmente pela perda do fim de semana completo. A fábrica de Taubaté conta com 1.500 trabalhadores.

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