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Merrill Lynch prevê manutenção do rali nas bolsas americanas

Banco prevê que o índice Standard & Poor's da Bolsa de Nova York tenha valorização de 15% em 12 meses

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

O banco norte-americano Merrill Lynch/Bank of America está otimista em relação ao futuro da economia dos Estados Unidos (EUA). Segundo relatório elaborado por sua equipe de analistas, o país já entrou numa fase de recuperação cíclica após dois anos de desempenhos humilhantes tanto na economia quanto nas bolsas. A previsão é de que o índice Standard & Poor's da Bolsa de Nova York suba 15% para 1.200 pontos em 12 meses, contra 1.044 pontos do fechamento desta quinta-feira.

De acordo com a Merrill Lynch, o desempenho econômico dos EUA ainda é crucial para o resto do mundo. Cerca de 24% do Produto Interno Bruto (PIB) global vem dos EUA e 30% do consumo planetário é norte-americano.

Ex-economista chefe do banco Lehman Brothers e atual diretor de economia da América do Norte, Ethan Harris, explica por que o pior já passou. “Os administradores aprenderam com os erros de gestão do Lehman e nos últimos meses adotaram políticas para fazer de tudo para evitar outro choque financeiro. Os ventos permanecem, mas eles são mais propensos a atenuar do que derrubar a recuperação dos EUA”, afirmou Harris.

Harris prevê um crescimento de 3,3% do PIB americano para os próximos primeiros seis trimestres, expectativa acima do consenso do mercado de 3% de recuperação. No entanto, a estimativa fica bem abaixo da média histórica de 5,7% do país.

Segundo ele, o consumo ainda não deve aumentar significantemente, mas as exportações devem se fortalecer, assim como os investimentos corporativos, em habitações e em inventários. Enquanto as perspectivas de longo prazo para os EUA continuam desanimadoras, Harris observa que, historicamente, grandes recessões são normalmente seguidas de grandes recuperações.

Em relação à inflação, o analista acredita que ela deva se manter baixa nos próximos dois anos, o que facilita a ação reguladora do Fed.

Perspectiva para o mercado de capital

O diretor de estratégia para o mercado de ações dos EUA, David Bianco, acredita que o S&P pode chegar a 1.200 pontos devido à conjuntura dos principais setores econômicos dos EUA. A gradual melhoria deve incentivar os investidores a direcionar em maior parte o seu capital para a bolsa, com destaque para açõse do segmento financeiro, energético e tecnológico. Ele também prevê investimentos com menos intensidade nos segmentos de saúde, consumo secundário (hotéis, restaurantes, etc) e telecomunicações.

Outro ponto ressaltado por Bianco que deve beneficiar a economia americana é a ascenção do mercado Chinês e dos países emergentes. “Em termos de investimentos, nós preferimos a China e o Brasil do que a Índia e a Rússia."

O estudo de Bianco comparou as oportunidades de negócios na Europa e no Japão, e a conclusão é de que o mercado europeu é mais interessante para o investidor norte-americano. Segundo ele, a recente mudança de governo no país não refletiu positivamente em sua economia. A rentabilidade japonesa tem registrado níveis baixíssimos quando comparada ao histórico dos últimos anos.
 

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