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Mercado de curto prazo faz lucro da CESP subir 85%

Lucro da estatal estadual somou R$ 489,4 milhões no segundo trimestre


	Cabos de alta-tensão da CESP na usina hidrelétrica da companhia em Paraibuna
 (Marcos Issa/Bloomberg)

Cabos de alta-tensão da CESP na usina hidrelétrica da companhia em Paraibuna (Marcos Issa/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 14 de agosto de 2014 às 20h38.

São Paulo - A geradora paulista de energia elétrica CESP anunciou nesta quinta-feira que seu lucro líquido do segundo trimestre cresceu 85 por cento, inflado por maiores receitas com a venda de energia no mercado de curto prazo e melhora no resultado financeiro.

De abril a junho, o lucro da estatal estadual somou 489,4 milhões de reais, pouco abaixo da média prevista por analistas consultados pela Reuters, de 518 milhões de reais.

No período, o resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado somou 1,092 bilhão de reais, crescimento de 48,7 por cento sobre o segundo trimestre de 2013.

A previsão era de Ebitda de 973,7 milhões de reais.

As receitas com venda de energia aumentaram 34,7 por cento, a 1,4 bilhão de reais, com destaque para o mercado de curto prazo, com alta de 77,5 por cento.

O preço de liquidação de diferenças (PLD), que referencia o mercado de curto prazo, foi em média de 722,22 reais no trimestre, ante 245,76 no mesmo período do ano passado.

Com isso, a participação deste mercado no faturamento total subiu para 34,3 por cento, ante 17 por cento no mesmo período do ano passado.

A receita com a venda de energia no mercado de curto prazo foi de 317,7 milhões de reais, além de 171,5 milhões de reais de reconciliação e ajustes anteriores.

Já a participação do mercado regulado foi de 25,5 por cento, com receita de 361,6 milhões de reais e do segmento de contratação livre foi de 40,2 por cento, a 568,7 milhões de reais.

Além disso, as despesas operacionais da CESP caíram 5,2 por cento ante mesma etapa de 2013, para 377,7 milhões de reais, puxadas para baixo em parte devido a menor despesa de depreciação pelo término da exploração econômica da usina de Três Irmãos.

Por fim, as despesas financeiras de 43,2 milhões foram 33,3 por cento menores na comparação anual, devido à queda da dívida da companhia. A dívida líquida tombou 68 por cento, a 690 milhões de reais.

O resultado financeiro da companhia ficou negativo em 3,9 milhões de reais, ante resultado negativo de 160 milhões de reais no segundo trimestre de 2013.

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