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Medidas do governo e parada de fábrica afetarão Klabin

Rendimento da empresa será afetado por medidas contra inflação e manutenção de fábrica no Paraná

Parada para manutenção na unidade de Monte Alegre deverá ser mais longa e mais cara do que a realizada em 2010 (Divulgação/Klabin/Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de abril de 2011 às 12h32.

São Paulo - As recentes medidas anunciadas pelo governo brasileiro para tentar conter a inflação podem influenciar a demanda por papéis no mercado interno nos próximos meses, afetando a Klabin, maior fabricante do insumo do Brasil.

Além dos efeitos das medidas do governo, a companhia planeja para este trimestre uma grande parada para manutenção na fábrica de Monte Alegre (PR), maior unidade da companhia, que afetará o Ebitda no segundo trimestre, disse o diretor-geral, Fábio Schvartsman.

"Essas medidas de aumento de taxas de juros podem influenciar a demanda depois de três a seis meses... a visibilidade do segundo semestre ainda está um pouco difícil em função dessas medidas", afirmou o executivo nesta sexta-feira em teleconferência com analistas.

Sobre uma eventual mudança nos volumes vendidos no mercado interno, "a nossa estratégia é subir em relação ao ano passado, mas isso vai depender também do comportamento dos mercados em que nós atuamos", disse Schvartsman.

No primeiro trimestre, 61,4 por cento das vendas da Klabin, ou 269 mil toneladas, foram destinadas ao mercado brasileiro.

Apesar das medidas anunciadas pelo governo, o diretor financeiro da companhia, Antonio Sergio Alfano, afirma que a demanda no mercado interno "continua robusta", e que a empresa vende para o exterior a demanda excedente para não provocar um excesso de oferta. "Esperamos manutenção de preços nos próximos meses", afirmou.

Alfano comentou ainda que não acredita que o dólar desvalorizado ante o real incentive a importação de produtos similares aos da Klabin, a partir de fibra virgem.

Parada para manutenção

A parada para manutenção na unidade de Monte Alegre deverá ser mais longa e mais cara do que a realizada no ano passado.

Isso porque a companhia possui uma "preocupação" em relação à caldeira 8, que apresentou problemas depois da parada de 2010. "Será uma intervenção mais profunda para resolver de vez os problemas que a gente tem tido", disse Schvartsman.

A expectativa é que os recursos utilizados na parada sejam 50 por cento maiores que os 25 milhões de reais utilizados em 2010.


"O Ebitda do primeiro trimestre teve um determinado comportamento com relação ao mesmo período do ano anterior, e a gente espera o mesmo tipo de comportamento para o segundo trimestre. As diferenças, se houverem, serão causadas pela parada de Monte Alegre", disse o diretor-geral.

A Klabin identificou ainda duas áreas da companhia onde podem haver importantes reduções de custos. Para a unidade de Monte Alegre foi contratada a consultoria INDG para realizar os estudos.

"A expectativa é de redução substancial nos custos... o trabalho da própria INDG está no início", disse Schvartsman, sem divulgar de quanto poderia ser a redução.

O segundo foco é a área florestal da companhia, onde os estudos serão internos. A empresa possui 80 mil hectares de terras além do necessário para a atual operação. "A estratégia futura da Klabin será em relação a esse maciço florestal pronto", afirmou o diretor-geral.

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São Paulo - As recentes medidas anunciadas pelo governo brasileiro para tentar conter a inflação podem influenciar a demanda por papéis no mercado interno nos próximos meses, afetando a Klabin, maior fabricante do insumo do Brasil.

Além dos efeitos das medidas do governo, a companhia planeja para este trimestre uma grande parada para manutenção na fábrica de Monte Alegre (PR), maior unidade da companhia, que afetará o Ebitda no segundo trimestre, disse o diretor-geral, Fábio Schvartsman.

"Essas medidas de aumento de taxas de juros podem influenciar a demanda depois de três a seis meses... a visibilidade do segundo semestre ainda está um pouco difícil em função dessas medidas", afirmou o executivo nesta sexta-feira em teleconferência com analistas.

Sobre uma eventual mudança nos volumes vendidos no mercado interno, "a nossa estratégia é subir em relação ao ano passado, mas isso vai depender também do comportamento dos mercados em que nós atuamos", disse Schvartsman.

No primeiro trimestre, 61,4 por cento das vendas da Klabin, ou 269 mil toneladas, foram destinadas ao mercado brasileiro.

Apesar das medidas anunciadas pelo governo, o diretor financeiro da companhia, Antonio Sergio Alfano, afirma que a demanda no mercado interno "continua robusta", e que a empresa vende para o exterior a demanda excedente para não provocar um excesso de oferta. "Esperamos manutenção de preços nos próximos meses", afirmou.

Alfano comentou ainda que não acredita que o dólar desvalorizado ante o real incentive a importação de produtos similares aos da Klabin, a partir de fibra virgem.

Parada para manutenção

A parada para manutenção na unidade de Monte Alegre deverá ser mais longa e mais cara do que a realizada no ano passado.

Isso porque a companhia possui uma "preocupação" em relação à caldeira 8, que apresentou problemas depois da parada de 2010. "Será uma intervenção mais profunda para resolver de vez os problemas que a gente tem tido", disse Schvartsman.

A expectativa é que os recursos utilizados na parada sejam 50 por cento maiores que os 25 milhões de reais utilizados em 2010.


"O Ebitda do primeiro trimestre teve um determinado comportamento com relação ao mesmo período do ano anterior, e a gente espera o mesmo tipo de comportamento para o segundo trimestre. As diferenças, se houverem, serão causadas pela parada de Monte Alegre", disse o diretor-geral.

A Klabin identificou ainda duas áreas da companhia onde podem haver importantes reduções de custos. Para a unidade de Monte Alegre foi contratada a consultoria INDG para realizar os estudos.

"A expectativa é de redução substancial nos custos... o trabalho da própria INDG está no início", disse Schvartsman, sem divulgar de quanto poderia ser a redução.

O segundo foco é a área florestal da companhia, onde os estudos serão internos. A empresa possui 80 mil hectares de terras além do necessário para a atual operação. "A estratégia futura da Klabin será em relação a esse maciço florestal pronto", afirmou o diretor-geral.

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