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Margem melhor dependerá de preço da nafta, diz Braskem

Presidente da empresa acredita que recuperação das margens de lucro pode começar já no segundo trimestre

Carlos Fadigas, presidente da Braskem, espera que o preço da nafta se estabilize (Germano Lüders/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de maio de 2011 às 15h11.

São Paulo - O presidente da Braskem, Carlos Fadigas, afirmou nesta quinta-feira que acredita em uma recuperação das margens de lucro já no segundo ou terceiro trimestres, apesar das oscilações nos preços da nafta, principal matéria-prima da indústria petroquímica.

"Espero que com a estabilização do preço da nafta em determinado patamar... as empresas recuperem as margens", disse o executivo a jornalistas, após a divulgação dos resultados da companhia no primeiro trimestre .

Entre janeiro e março deste ano, o preço médio da nafta, segundo Fadigas, cresceu 14 por cento em relação ao quarto trimestre, para 906 dólares por tonelada.

"Mas o crescimento no final do trimestre foi maior", disse o executivo, afirmando ainda que no final de março o valor da matéria-prima ficou entre 1.050 e 1.090 dólares por tonelada.

Enquanto o preço das resinas sofreu um reajuste médio de 7 por cento no primeiro trimestre, o de co-produtos, como o butadieno, cresceu em média 15 por cento. O insumo é uma das matérias-primas da borracha sintética.

De acordo com Fadigas, o aumento no preço dos co-produtos não teve ligação com o aumento do preço do petróleo. "O que criou o aumento maior foi a redução da produção de eteno a partir da nafta", disse ele, referindo-se ao crescimento da fabricação do insumo a partir de gás, o que impossibilita a criação destes co-produtos.

"Isso deve continuar... mas em algum momento o preço deve se estabilizar", complementou Fadigas. A respeito de um prazo, ele disse apenas que deve ser "no médio prazo".

"Não vejo uma demanda econômica que nos leve a uma nafta de 750 dólares por tonelada", disse Fadigas, que espera que o segundo trimestre mostre um crescimento médio no preço da nafta superior ao registrado nos três primeiros meses do ano.

FUTUROS PROJETOS O presidente da Braskem afirmou que a companhia acertou dois contratos de pré-venda de butadieno com dois diferentes clientes, que totalizam 127 milhões de reais em adiantamentos para a futura unidade da empresa que produzirá 100 mil toneladas anuais do co-produto.

A decisão de construir a unidade de butadieno foi aprovada pelo conselho de administração da Braskem em março. No primeiro trimestre, os investimentos já totalizaram 14 milhões de reais, mas os desembolsos totais serão da ordem de 300 milhões de reais.

"Em 2012 precisamos começar a produzir na unidade de butadieno", disse Fadigas. Atualmente, o insumo é produzido em São Paulo e na Bahia e a capacidade está sendo ampliada no Rio Grande do Sul. O local da nova fábrica ainda não foi definido.

A respeito do projeto no México, que consiste em uma parceria entre Braskem e Idesa para produção de resinas de polietileno a partir de etano, a vice-presidente de finanças, Marcela Drehmer, disse que até o final do ano será definido o modelo de financiamento do projeto.

Segundo ela, bancos comerciais e de desenvolvimento, além de agências exportadoras de equipamentos de diversos países estão interessados no financiamento, que será 70 por cento feito por meio de dívida e 30 por cento, por equity.

Às 14h43, as ações da Braskem exibiam alta de 4,5 por cento, enquanto o Ibovespa subia 0,6 por cento.

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São Paulo - O presidente da Braskem, Carlos Fadigas, afirmou nesta quinta-feira que acredita em uma recuperação das margens de lucro já no segundo ou terceiro trimestres, apesar das oscilações nos preços da nafta, principal matéria-prima da indústria petroquímica.

"Espero que com a estabilização do preço da nafta em determinado patamar... as empresas recuperem as margens", disse o executivo a jornalistas, após a divulgação dos resultados da companhia no primeiro trimestre .

Entre janeiro e março deste ano, o preço médio da nafta, segundo Fadigas, cresceu 14 por cento em relação ao quarto trimestre, para 906 dólares por tonelada.

"Mas o crescimento no final do trimestre foi maior", disse o executivo, afirmando ainda que no final de março o valor da matéria-prima ficou entre 1.050 e 1.090 dólares por tonelada.

Enquanto o preço das resinas sofreu um reajuste médio de 7 por cento no primeiro trimestre, o de co-produtos, como o butadieno, cresceu em média 15 por cento. O insumo é uma das matérias-primas da borracha sintética.

De acordo com Fadigas, o aumento no preço dos co-produtos não teve ligação com o aumento do preço do petróleo. "O que criou o aumento maior foi a redução da produção de eteno a partir da nafta", disse ele, referindo-se ao crescimento da fabricação do insumo a partir de gás, o que impossibilita a criação destes co-produtos.

"Isso deve continuar... mas em algum momento o preço deve se estabilizar", complementou Fadigas. A respeito de um prazo, ele disse apenas que deve ser "no médio prazo".

"Não vejo uma demanda econômica que nos leve a uma nafta de 750 dólares por tonelada", disse Fadigas, que espera que o segundo trimestre mostre um crescimento médio no preço da nafta superior ao registrado nos três primeiros meses do ano.

FUTUROS PROJETOS O presidente da Braskem afirmou que a companhia acertou dois contratos de pré-venda de butadieno com dois diferentes clientes, que totalizam 127 milhões de reais em adiantamentos para a futura unidade da empresa que produzirá 100 mil toneladas anuais do co-produto.

A decisão de construir a unidade de butadieno foi aprovada pelo conselho de administração da Braskem em março. No primeiro trimestre, os investimentos já totalizaram 14 milhões de reais, mas os desembolsos totais serão da ordem de 300 milhões de reais.

"Em 2012 precisamos começar a produzir na unidade de butadieno", disse Fadigas. Atualmente, o insumo é produzido em São Paulo e na Bahia e a capacidade está sendo ampliada no Rio Grande do Sul. O local da nova fábrica ainda não foi definido.

A respeito do projeto no México, que consiste em uma parceria entre Braskem e Idesa para produção de resinas de polietileno a partir de etano, a vice-presidente de finanças, Marcela Drehmer, disse que até o final do ano será definido o modelo de financiamento do projeto.

Segundo ela, bancos comerciais e de desenvolvimento, além de agências exportadoras de equipamentos de diversos países estão interessados no financiamento, que será 70 por cento feito por meio de dívida e 30 por cento, por equity.

Às 14h43, as ações da Braskem exibiam alta de 4,5 por cento, enquanto o Ibovespa subia 0,6 por cento.

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