Redação Exame
Publicado em 2 de dezembro de 2025 às 15h35.
Mary Orton recusou todas as ofertas para lançar sua própria linha de roupas. Ex-banqueira de investimentos e criadora de conteúdo no setor de moda, ela sabia que o mercado de vestuário feminino já estava saturado. Mas, em vez de seguir o caminho esperado, enxergou uma lacuna em um acessório clássico: o boné de beisebol.
Assim nasceu a Chord, marca de chapéus de luxo lançada em 2024, que esgotou seu estoque inicial em apenas três minutos.
O sucesso não se deu por acaso. Com uma abordagem baseada em foco de produto, eficiência de supply chain e estratégia de crescimento controlado, Orton construiu uma operação enxuta e escalável.
A marca, sediada em Nova York, já acumula mais de 45 SKUs — todos variações do mesmo produto — e tem aproximadamente 40% de seus clientes como compradores recorrentes. Em apenas 16 meses de operação, a Chord projeta triplicar sua receita anual, impulsionada por uma gestão centrada em decisões de alto impacto financeiro. As informações são da Inc.
A ideia nasceu da frustração pessoal de Orton com os bonés tradicionais. Após ter seu primeiro filho, em 2019, ela buscava um acessório funcional e esteticamente agradável — mas não encontrou no mercado o que procurava. Com apoio de um especialista em design e cadeia de suprimentos, passou dois anos desenvolvendo o que acreditava ser o boné perfeito para mulheres.
O modelo criado pela Chord reúne materiais premium, acabamento discreto e elementos funcionais: tira de couro, fivela dourada e faixa interna absorvente de maquiagem. Os bonés são vendidos entre US$ 125 e US$ 185, valor elevado em comparação com concorrentes, mas justificado pela proposta de valor e posicionamento da marca.
Esse modelo de negócios, centrado em um único produto de alta margem, simplifica a gestão financeira, otimiza o controle de estoque e fortalece a construção de marca, um exemplo claro de como foco estratégico pode resultar em maior lucratividade por unidade vendida.
Desde o início, Orton tomou uma decisão pouco comum no setor de moda: não diversificar o portfólio. Mesmo com forte demanda, a marca optou por crescer de forma controlada, mantendo a produção exclusiva de bonés. A introdução de novas cores e materiais foi feita de forma gradual, permitindo testar o mercado e ajustar a operação com base em dados.
A fundadora defende que esse foco é um dos grandes diferenciais competitivos da Chord. “Fazer uma coisa muito, muito bem, manter o foco, não tentar agradar a todos, permite gerar muita confiança com o cliente”, afirmou. A estratégia tem dado certo: toda vez que o estoque é reposto, ele se esgota em minutos, a ponto de causar colapso no sistema logístico da empresa terceirizada que atende mais de 170 marcas.
Essa abordagem reflete princípios fundamentais das finanças corporativas: alocação eficiente de capital, gestão enxuta, baixa complexidade operacional e excelência na experiência do cliente.
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