Negócios

Mandado de prisão para Nenê Constantino é decretado

Nenê é acusado de mandante do assassinato do líder comunitário Márcio Leonardo Brito, executado a tiros em 2001

Nenê Constantino, um dos fundadores da Gol: prisão decretada (Lia Lubambo/EXAME)

Nenê Constantino, um dos fundadores da Gol: prisão decretada (Lia Lubambo/EXAME)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de março de 2011 às 20h28.

São Paulo - O empresário Nenê Constantino, fundador da Gol Linhas Aéreas, teve novo mandado de prisão decretado pela Justiça, tão logo chegou na tarde de hoje para cumprir prisão domiciliar por obstrução do inquérito que apura seu envolvimento no assassinato de um líder comunitário e no atentado a bala ao ex-genro.

O novo decreto, assinado pelo juiz Fábio Esteves, do Tribunal do Júri de Brasília, prevê que ele seja recolhido a uma cela do núcleo de custódia da Papuda, ou outra unidade, onde deve aguardar o julgamento dos dois processos em regime fechado.

O advogado Alberto Toron informou que seu cliente já estava em Brasília para cumprir a prisão domiciliar, como determinara no dia anterior o juiz João Marcos Guimarães, da cidade satélite de Taguatinga, e considerou desnecessário novo mandado. Ele negou o envolvimento de Nenê nos crimes e anunciou que vai recorrer ao Tribunal da Justiça para relaxar a prisão do empresário. Segundo o advogado, Nenê está impossibilitado de ser recolhido ao presídio porque foi submetido a cateterismo recentemente, tem saúde frágil e idade avançada (79 anos).

Nenê é acusado de mandante do assassinato do líder comunitário Márcio Leonardo Brito, executado a tiros em 2001. Brito comandava um grupo de invasores que ocupavam o terreno onde fica a garagem da empresa de ônibus de Nenê, em Taguatinga. Em 2008, o empresário Eduardo Queiroz, que enfrentava processo de separação litigiosa da filha de fundador da Gol, sofreu atentado a bala quando saía da empresa, supostamente a mando do sogro.

Preso em 2009, o pistoleiro João Marques dos Santos, que trabalhou nas empresas de Nenê por cerca de 20 anos, confessou ter participado dos dois crimes e de outros seis, a mando do empresário. Testemunha chave dos processos, Santos levou três tiros na porta de casa, há uma semana, mas sobreviveu. Ele revelou que vinha sofrendo ameaças para mudar o depoimento e acusou Nenê de ser o mandante.

Acompanhe tudo sobre:Aviaçãocompanhias-aereasEmpresáriosEmpresasEmpresas brasileirasGol Linhas AéreasJustiçaServiçosSetor de transporte

Mais de Negócios

Após crise de R$ 5,7 bi, incorporadora PDG trabalha para restaurar confiança do cliente e do mercado

Após anúncio de parceria com Aliexpress, Magalu quer trazer mais produtos dos Estados Unidos

De entregadores a donos de fábrica: irmãos faturam R$ 3 milhões com pão de queijo mineiro

Como um adolescente de 17 anos transformou um empréstimo de US$ 1 mil em uma franquia bilionária

Mais na Exame