Fábrica da MAN: com o plano, a empresa estima que vai evitar a demissão de um pouco mais de mil funcionários (Daniel Marenco/Folhapress)
Da Redação
Publicado em 9 de dezembro de 2015 às 15h07.
São Paulo - O presidente da montadora de caminhões e ônibus MAN Latin America, Roberto Cortês, reafirmou nesta quarta-feira, 9, que a empresa não alterou em nada o seu plano de investir R$ 1 bilhão no Brasil entre 2012 e 2017, apesar da crise econômica vivida pelo País em 2015.
"Tudo será mantido", garantiu o executivo, durante evento de fim de ano organizado pela companhia em São Paulo.
O executivo disse que a montadora enviou ao governo, na semana passada, o pedido de adesão ao Programa de Proteção ao Emprego (PPE), instrumento que permite a redução da jornada de trabalho e dos salários em até 30%, mas com metade da perda salarial compensada pelo governo, por meio de recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
"Até o fim de dezembro nós devemos ter uma resposta do governo e esperamos que seja positiva", afirmou Cortês.
O envio do pedido é resultado de acordo assinado entre a MAN e seus funcionários, que aprovaram a adesão no dia 12 de novembro, depois de uma primeira rejeição.
Com o plano, a empresa estima que vai evitar a demissão de um pouco mais de mil funcionários.
O presidente da MAN espera que 2016 seja um ano melhor que 2015, no qual o segmento de caminhões como um todo acumula queda de cerca de 50% nas vendas sobre 2014.
"Para o ano que vem, trabalhamos com dois cenários: um é de estabilização das vendas (de caminhões) e o outro é de queda pequena, não tão forte como a deste ano", afirmou.
O executivo estima que o Brasil registre, ao fim de 2015, a venda de cerca de 70 mil caminhões.
O número, se confirmado, representará uma baixa de quase 50% em relação ao volume alcançado em 2014, de 137 mil unidades.
Cortês reafirmou também o reajuste de 2,5% nos preços de todos os modelos da MAN em janeiro, que será seguido de uma nova alta de 7,5% ao longo de 2016.
A montadora já tinha realizado um aumento em novembro, de 2,5%. Segundo Cortês, as medidas se devem ao aumento dos custos de produção.