Mais uma grife de luxo é acusada de sonegação em SP
Polícia Civil calcula que a marca de calçados e bolsas Franziska Hübener pode ter deixado de pagar mais de 2 milhões de reais em impostos
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.
As operações da grife de calçados e bolsas de luxo Franziska Hübener no Brasil são alvo de investigações da Polícia Civil envolvendo sonegação fiscal. A marca é acusada de não recolher Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Só no período de 2005 a 2007, o valor que deixou de ser recolhido chegaria a 2 milhões e 120 mil reais.
A partir de inquérito instaurado pela 1ª Delegacia Fazendária de São Paulo, com base em informações da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, a Polícia Civil realizou nesta quinta-feira a Operação Escarpim. A ação consistiu no cumprimento de mandados de busca e apreensão na loja que fica no Iguatemi e também no showroom da marca, localizado no Bom Retiro, região central de São Paulo, onde foram apreendidos documentos, mercadorias e computadores.
Trata-se da terceira operação envolvendo crimes financeiros - esquemas de subfaturamento ou descaminho - e ícones do comércio de luxo em São Paulo. A Operação Narciso, da Polícia Federal, teve como alvo a loja Daslu, da empresária Eliana Tranchesi que em 2008 foi condenada em primeira instância à pena de 94,5 anos de prisão por formação de quadrilha, falsidade ideológica e descaminho.
Em julho foi realizada a operação Porto Europa que investiga Tania Bulhões, que atua na área de decoração e perfumes, e é casada com Pedro Grendene, empresário do setor calçadista.
Comparado aos das grifes como Manolo Blanik e Jimmy Choo, um par de sapatos assinado pela designer Franziska Hübener pode custar até 7 mil reais. Além da loja no shopping Iguatemi, em São Paulo, a grife também possui outra unidade no shopping Leblon, no Rio de Janeiro. Além do Brasil, a marca está presente na Inglaterra, França, Itália, Estados Unidos, Emirados Árabes, Coreia e Japão.