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Mais de 4.000 rescindem contrato em refinaria da Petrobras

Trabalhadores contratados pela Alumini Engenharia prestavam serviço na refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e alegam não receber salários e outros benefícios


	Obras na Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco
 (Oscar Cabral/VEJA)

Obras na Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco (Oscar Cabral/VEJA)

Daniela Barbosa

Daniela Barbosa

Publicado em 19 de novembro de 2014 às 13h26.

São Paulo – Mais de 4.000 trabalhadores da Alumini Engenharia, que prestavam serviços nas obras da refinaria Abreu e Lima da Petrobras, em Ipojuca, Pernambuco, pediram na Justiça a rescisão indireta de seus contratos de trabalho na última semana.

Os trabalhadores alegam não receber salários e outros benefícios básicos, como alimentação servida nos alojamentos das obras. Eles também correm o risco de serem despejados do local.

A crise na refinaria Abreu e Lima começou no final de setembro, quando cerca de 80 trabalhadores foram dispensados e não receberam suas verbas rescisórias.  Em outubro, outras 120 pessoas foram demitidas nas mesmas condições. Todos estão até hoje aguardado o acerto de contas.

Segundo Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplenagem em Geral no Estado de Pernambuco, (Sintepav-PE), a Petrobras já foi acionada judicialmente sobre o caso e tinha até ontem para resolver o problema dos trabalhadores demitidos e dos outros 4000 que pediram rescisão indireta de contrato de trabalho – o que não ocorreu.

“Entendemos que a Petrobras gerenciou mal os contratos de suas obras. Foi omissa na fiscalização dos projetos”, afirmou uma fonte próxima ao assunto, que prefere ter ser nome preservado.

Em nota, a Petrobras afirmou que está em dia com suas obrigações contratuais e que os pagamentos de seus compromissos reconhecidos com todas as empresas estão sendo realizados de acordo com a legislação vigente e com o estabelecido em contrato.

A companhia esclarece, ainda, que é das empresas contratadas a responsabilidade de honrar as obrigações trabalhistas junto aos seus funcionários.

A Alumini, por meio de nota, afirmou estar empenhando todos os esforços no sentido de solucionar o mais rapidamente possível a situação dos trabalhadores da Abreu e Lima.

“Estamos permanente em tratativa com o contratante da obra para que os pagamentos sejam liberados a fim de que todos os trabalhadores tenham seus direitos assegurados”, disse a empresa.

As obras na refinaria Abreu e Lima são orçadas em 18,5 bilhões de dólares. Segundo informações da Folha de S. Paulo, desta terça-feira, a dívida da Petrobras não paga à Alumini é de 1,2 bilhão de reais.

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