Lloyds: banco teve 19 desses incidentes (Ben Stansall/AFP/AFP)
Reuters
Publicado em 15 de agosto de 2018 às 20h34.
Londres - Os cinco maiores bancos do Reino Unido registraram um total de 64 incidentes operacionais ou de segurança que interromperam os serviços bancários por telefone, celular ou online no segundo trimestre, segundo divulgações nos sites dos bancos.
Novas regras da Autoridade de Conduta Financeira (FCA), que entraram em vigor nesta quarta-feira, exigem que os bancos divulguem as interrupções do serviço de pagamento causadas por ataques cibernéticos ou outras interrupções.
A ação da FCA mostra o crescente foco nas operações digitais dos bancos, à medida que os consumidores fazem mais serviços bancários por telefone ou online, tornando-os potencialmente vulneráveis a interrupções no serviço e a hackers.
O Lloyds teve 19 desses incidentes, com a maior parte atingindo o internet banking, enquanto o Barclays reportou 18, o Royal Bank of Scotland 16 e o HSBC sete. O Santander UK relatou quatro.
As divulgações não dizem o que causou as interrupções, mas alguns bancos observaram que, em alguns casos, os incidentes afetaram só sistemas internos ou um número limitado de clientes.
"A maioria dos casos é de incidentes muito pequenos que foram resolvidos rapidamente sem que clientes experimentassem qualquer prejuízo ao serviço", disse um porta-voz do Lloyds.
Um porta-voz do Barclays disse que os incidentes tiveram impacto mínimo nos clientes e foram resolvidos de imediato.
Os sistemas do RBS são resilientes e o banco fez investimentos significativos neles, mas está trabalhando para minimizar as interrupções, disse um porta-voz do banco.
HSBC e Santander não comentaram imediatamente o assunto.
No início deste ano, uma atualização malfeita do sistema do banco médio TSB deixou muitos clientes sem acesso ao seu dinheiro por dias e mais vulneráveis a fraudes.
O TSB, que pertence ao espanhol Banco de Sabadell, registrou sete incidentes nos últimos três meses, destacando os limites do sistema de divulgação que não reflete a gravidade das interrupções do serviço, apenas sua frequência.
A FCA e o Banco da Inglaterra deram às empresas de serviços financeiros até outubro para explicar como planejam evitar interrupções danosas de TI e ataques cibernéticos.