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Magazine Luiza nega agressividade em preços

Companhia divulgou lucro de R$ 20,5 milhões no primeiro trimestre

Interior da nova sede do Magazine Luiza, na Marginal Tietê: vendas nas mesmas lojas subiram 25,4 por cento sobre um ano antes (Fabiano Accorsi/EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 8 de maio de 2014 às 16h09.

São Paulo - A ação do Magazine Luiza chegou a saltar mais de 13 por cento nesta quinta-feira, após a companhia de móveis e eletrodomésticos divulgar fortes números para o primeiro trimestre e negar a oferta de preços mais baixos para alavancar as vendas.

Na noite da véspera, a empresa anunciou que teve lucro de 20,5 milhões de reais de janeiro a março, frente a 800 mil reais no mesmo intervalo do ano passado.

As vendas nas mesmas lojas, que consideram as unidades abertas há mais de um ano, subiram 25,4 por cento sobre um ano antes, com alta de 22,3 por cento nas lojas físicas e de 44 por cento na operação online.

"Fica evidente que o Magazine Luiza está ganhando participação de mercado e apresentou forte crescimento de participação no trimestre", disse a XP Investimentos, em relatório assinado pelo analista William Alves.

Líder de mercado, a Via Varejo - que controla as bandeiras Pontofrio e Casas Bahia - viu as vendas nas mesmas lojas subirem apenas 3,6 por cento no mesmo período.

Durante teleconferência com analistas, executivos do Magazine Luiza foram questionados se a varejista estaria adotando uma agressiva política de preços para elevar seu market share.

O diretor executivo de operações da companhia, Frederico Trajano, negou que isso esteja ocorrendo e argumentou que o modelo de remuneração dos funcionários "é amarrado à margem bruta", linha do resultado que seria afetada num cenário de preços mais agressivos.

No primeiro trimestre, a margem bruta do Magazine Luiza caiu 0,9 ponto percentual, a 27,3 por cento, sob influência de uma reclassificação contábil do INSS. Sem esse efeito, o recuo teria sido de apenas 0,2 ponto percentual sobre igual etapa do ano passado.

A aposta "muito forte" em mídia e estoques para o primeiro trimestre do ano propiciou o alto crescimento de vendas, ao preparar a empresa para um mercado propenso a comprar produtos de tecnologia, especialmente smartphones e TVs, disse Trajano.

Ele também citou a evolução do comércio eletrônico para justificar o bom resultado trimestral, além da melhora no desempenho das antigas Lojas do Baú, compradas pela empresa em 2011, e da performance da linha branca, beneficiada pelas altas temperaturas no início de ano.

"Em nenhum momento estamos sendo mais agressivos em preço", garantiu Trajano.

Para o segundo trimestre, a perspectiva é de um desempenho também bastante positivo, disse o diretor superintendente do Magazine Luiza, Marcelo Silva, na esteira da Copa do Mundo.

Durante a teleconferência, os executivos da companhia ressalvaram que isso não implicará avanço expressivo nas despesas de marketing, que devem ficar em linha com as observadas no primeiro trimestre.

Para um horizonte de "próximos anos", a expectativa é de uma margem de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) de 7 por cento, disse Silva. No último trimestre, a margem Ebitda da companhia foi de 5,3 por cento.

O analista Guilherme Assis, do Brasil Plural, chamou a atenção para o fato de a administração parecer confiante com o cenário de curto prazo a despeito da situação macroeconômica.

"Continuamos otimistas com o Magazine Luiza e esperamos um movimento positivo da ação na sequência de resultados que mostraram um ímpeto contínuo e forte crescimento das receitas", escreveu Assis em nota a clientes.

Depois de chegar a subir mais de 13 por cento, a ação da varejista avançava 9,62 por cento às 15h46, a 8,55 reais. O papel não integra o Ibovespa, que caía 1,49 por cento.

São Paulo - A brasileira Natura é a marca mais valiosa do setor de varejo da América Latina, avaliada em US$ 3,1 bilhões de dólares. A avaliação é de consultoria de marcas Interbrand, que divulgou nesta terça-feira o ranking Best Retail Brands 2014. Além da liderança, o Brasil tem metade das 20 primeiras colocadas no relatório, com nomes como Havaianas, Renner e Pão de Açúcar . De acordo com o relatório, entre as maiores forças da líder Natura está a clareza do seu posicionamento de marca e a consistência das experiências que ela entrega ao consumidor . Confira a seguir o desempenho das marcas mais valiosas.
  • 2. 1. Natura

    2 /22(Divulgação)

  • Veja também

    Valor de marca: US$ 3,156 bilhões
    Variação ante 2013: -21%
    País: Brasil
    Categoria: Higiene e beleza
  • 3. 2. Oxxo

    3 /22(Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

  • Valor de marca: US$ 2,615 bilhões
    Variação ante 2013: -29%
    País: México
    Categoria: Lojas de conveniência
  • 4. 3. Bodega Aurrera

    4 /22(Wikimedia Commons)

    Valor de marca: US$ 1,016 bilhões
    Variação ante 2013: +8%
    País: México
    Categoria: Supermercados
  • 5. 4. Falabella

    5 /22(Reprodução/Facebook)

    Valor de marca: 547 milhões
    Variação ante 2013: Nova
    País: Chile
    Categoria: Loja de departamentos
  • 6. 5. Liverpool

    6 /22(Wikimedia Commons)

    Valor de marca: US$ 485 milhões
    Variação ante 2013: Novo
    País: Mexico
    Categoria: Loja de departamentos
  • 7. 6. Casas Bahia

    7 /22(Reprodução)

    Valor de marca: US$ 420 milhões
    Variação ante 2013: 10%
    País: Brasil
    Categoria: Artigos para casa
  • 8. 7. Sodimac

    8 /22(Wikimedia Commons)

    Valor de marca: US$ 381 milhões
    Variação ante 2013: Nova
    País: Chile
    Categoria: reformas e material para construção
  • 9. 8. Elektra

    9 /22(Divulgação)

    Valor de marca: US$ 366 milhões
    Variação ante 2013: Nova
    País: México
    Categoria: Eletrônicos
  • 10. 9. Renner

    10 /22(Tamires Kopp/EXAME)

    Valor de marca: US$ 357 milhões
    Variação ante 2013: -30%
    País: Brasil
    Categoria: vestuário
  • 11. 10. Lojas Americanas

    11 /22(Divulgação/LASA)

    Valor de marca: US$ 320 milhões
    Variação ante 2013: -11%
    País: Brasil
    Categoria: Loja de conveniência
  • 12. 11. Superama

    12 /22(Divulgação/Superama)

    Valor de marca: US$ 319 milhões
    Variação ante 2013: -26%
    País: México
    Categoria: Supermercados
  • 13. 12. Extra

    13 /22(Divulgação/Extra)

    Valor de marca: US$ 263 milhões
    Variação ante 2013: -18%
    País: Brasil
    Categoria: Supermercados
  • 14. 13. Hering

    14 /22(Divulgação/Otima)

    Valor de marca: US$ 261 milhões
    Variação ante 2013: +23%
    País: Brasil
    Categoria: Vestuário
  • 15. 14. Éxito

    15 /22(Wikimedia Commons/Reprodução)

    Valor de marca: US$ 261 milhões
    Variação ante 2013: +23%
    País: Brasil
    Categoria: Vestuário
  • 16. 15. Suburbia

    16 /22(Divulgação/Suburbia)

    Valor de marca: US$ 173 milhões
    Variação ante 2013: Nova
    País: México
    Categoria: Vestuário
  • 17. 16. Tottus

    17 /22(Wikimedia Commons)

    Valor de marca: US$ 160 milhões
    Variação ante 2013: Nova
    País: Chile
    Categoria: Supermercado
  • 18. 17. Havaianas

    18 /22(Reprodução)

    Valor de marca: US$ 159 milhões
    Variação ante 2013: -5%
    País: Brasil
    Categoria: Vestuário
  • 19. 18. Pão de Açúcar

    19 /22(Divulgação Casino)

    Valor de marca: US$ 147 milhões
    Variação ante 2013: -22%
    País: Brasil
    Categoria: Supermercado
  • 20. 19. Ponto Frio

    20 /22(EXAME)

    Valor de marca: US$ 147 milhões
    Variação ante 2013: 0%
    País: Brasil
    Categoria: Eletrônicos
  • 21. 20. Arezzo

    21 /22(VITOR PICKERSGILL)

    Valor de marca: US$ 124 milhões
    Variação ante 2013: Novo
    País: Brasil
    Categoria: Vestuário
  • 22. Aproveite e veja também: as marcas de bebidas mais poderosas do mundo

    22 /22(Divulgação/Johnnie Walker)

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