A companhia aérea alemã Lufthansa, que está recebendo apoio do Estado para evitar a falência, registrou prejuízo de 2,1 bilhões de euros (2,35 bilhões de dólares) no primeiro trimestre e anunciou uma "profunda reestruturação" em todos os setores do grupo.
A pandemia do novo coronavírus "influencia de forma inédita o nosso resultado e a demanda será reativada muito lentamente, o que teremos que equilibrar com uma profunda reestruturação", afirmou o presidente da empresa, Carsten Spohr, em um comunicado.
A Lufthansa deve, a princípio, receber 9 bilhões de euros de ajuda pública e créditos garantidos pelo Estado, que entrará no capital da empresa.
Em abril, a Lufthansa anunciou uma perda operacional de 1,2 bilhão de euros e uma queda de 18% do faturamento.
No primeiro trimestre de 2019, a empresa registrou um prejuízo de 342 milhões de euros.
"A Lufthansa pretende reduzir os custos de forma líquida em comparação com o nível anterior à crise", informou a empresa, que em abril anunciou a redução em 100 unidades de sua frota e cogita o fechamento da filial Germanwings.
Em maio, Spohr afirmou que Lufthansa tinha um excedente de 10.000 funcionários e que a empresa negociaria com os sindicatos para tentar manter o máximo de postos de trabalho.
A filial Brussels Airlines anunciou em 12 de maio que vai cortar 1.000 postos de trabalho, 25% de seus funcionários.
Outra filial, Austrian Airlines, vai reduzir em 20% os custos com funcionários e diminuir 20% da frota.