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No ensino, a incerteza do Fies

A semana será marcada pela divulgação de resultados de um dos setores que mais têm enfrentado mudanças: o de ensino. Nesta terça-feira a Anima dá início a divulgação de resultados dos grupos de educação com números que não devem ser muito positivos. A expectativa é de que a companhia apresente um lucro de 15,8 milhões de […]

EDUCAÇÃO: principais grupos começam a divulgar seus resultados nesta terça-feira, com a Anima / Germano Lüders (Germano Lüders/Site Exame)
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Da Redação

Publicado em 13 de março de 2017 às 20h35.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h18.

A semana será marcada pela divulgação de resultados de um dos setores que mais têm enfrentado mudanças: o de ensino. Nesta terça-feira a Anima dá início a divulgação de resultados dos grupos de educação com números que não devem ser muito positivos. A expectativa é de que a companhia apresente um lucro de 15,8 milhões de reais, uma queda de mais de 57% na comparação anual, seguindo os resultados já fracos dos nove meses anteriores – quando o lucro caiu 18%.

Os principais grupos de educação do país têm enfrentado dificuldades em continuar crescendo na velocidade de anos anteriores com a diminuição de vagas financiadas pelo programa do governo federal, o Fies. O número de vagas oferecidas bateu recorde de 731.300 em 2014, mas caiu para 222.000 em 2016. E deve se manter nesse novo patamar pelos próximos anos, o que força as companhias a rever suas estratégias e para ganhar eficiência.

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Na quarta-feira será a vez de o grupo carioca Estácio divulgar seus resultados. Na última divulgação de balanço a companhia surpreendeu analistas com uma alta de 7% no lucro – fruto das táticas da nova gestão de Pedro Thompson. Com Thompson, a ordem foi cortar custos: ele demitiu 125 executivos que faziam parte da diretoria e encerrou o departamento de inovação da Estácio, que não dava lucro.

Ampliar os ganhos neste momento e mostrar que continua crescendo é fundamental para a Estácio, que está em processo de ser adquirida pela Kroton. Nos nove primeiros meses de 2016, os lucros da Estácio caíram 37%. Enquanto isso, na Kroton, os lucros dos nove primeiros meses do ano subiram 10,5% para 1,52 bilhão de reais. A Kroton será a última a divulgar os números do quarto trimestre, no dia 22.

Na próxima sexta-feira será a vez do grupo Ser Educacional publicar seus resultados em que, segundo analistas, o lucro deve crescer 136% na comparação anual, para 38,2 milhões de reais. A alta deve refletir o corte de gastos e a melhora na base de alunos da companhia, que cresceu 5% em 2016.

O governo anunciou em fevereiro que apresentaria uma nova versão do Fies na segunda quinzena de março. O Ministério da Educação já anunciou que o crédito do Fies tem agora um teto de 30.000 no semestre, com valor máximo de 5.000 reais para cada mensalidade. No ano passado, o teto era 42.000 reais – com mensalidade de até 7.000 reais. Na Kroton, maior empresa de educação do país, 46% dos alunos de graduação presencial são oriundos do Fies. Manter o lucro com menos alunos foi o desafio de 2016, e continuará sendo o de 2017.

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