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Lucro líquido da Braskem cresce 300% em 2015

A Braskem encerrou o ano de 2015 com um lucro líquido de R$ 2,899 bilhões, 299% acima da marca do ano anterior, de R$ 726 milhões

Usina da Braskem, em Triunfo (RS): a companhia encerrou o ano de 2015 com um lucro líquido de R$ 2,899 bilhões, 299% acima da marca do ano anterior, de R$ 726 milhões (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de fevereiro de 2016 às 11h11.

São Paulo - Beneficiada pelo movimento de queda do petróleo em termos mundiais, a petroquímica Braskem encerrou o ano de 2015 com um lucro líquido de R$ 2,899 bilhões, 299% acima da marca do ano anterior, de R$ 726 milhões.

A companhia, assim como outras petroquímicas globais cuja produção depende da nafta, um derivado do petróleo, viu as margens crescerem em 2015 diante da queda do custo de sua principal matéria-prima.

Além disso, no mercado doméstico, o dólar menos favorável às importações tornou a Braskem mais competitiva, o que também impulsionou a lucratividade da empresa e contribuiu para compensar a retração da demanda doméstica por resinas, utilizadas na fabricação de peças plásticas.

O ganho de eficiência nas linhas de produção, os melhores resultados com operações nos Estados Unidos e na Europa e o espaço para aumentar o ritmo das exportações também beneficiaram os números da Braskem no ano passado, divulgados nesta quinta-feira, 18.

No mercado doméstico, a política comercial da Braskem consiste em adequar os valores praticados pela empresa aos preços anunciados por seus concorrentes externos, o que em momentos de real desvalorizado é mais favorável aos produtores domésticos, e por isso a companhia também contabilizou melhores margens internas.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) básico anual da petroquímica somou R$ 9,167 bilhões, alta de 63% em relação a 2014. O Ebitda ajustado, número que tem sido considerado pelos analistas do mercado, somou R$ 9,372 bilhões, alta de 67% em relação ao ano anterior.

A Braskem também informou hoje que, no acumulado de 2015, foi contabilizado um lucro para os acionistas de R$ 3,140 bilhões. Os dividendos propostos referentes ao ano foram estabelecidos em R$ 1 bilhão.

A receita líquida cresceu 3% no ano, para R$ 47,283 bilhões, variação menos expressiva que os demais indicadores justificada pelos preços mais baixos do petróleo, de seus derivados, caso da nafta, e de toda a cadeia petroquímica, incluindo as resinas termoplásticas produzidas pela Braskem.

O resultado seria ainda pior se não fosse o ganho mais expressivo com as exportações, estas beneficiadas com o real desvalorizado ante o dólar.

O balanço de quarto trimestre divulgado hoje pela petroquímica brasileira aponta que, entre outubro e dezembro, o lucro líquido somou R$ 158 milhões, revertendo prejuízo de R$ 24 milhões acumulado no mesmo período de 2014.

O Ebitda ajustado atingiu R$ 2,234 bilhões, com expansão de 65% em igual base comparativa. O Ebitda básico somou R$ 2,039 bilhões, alta de 50% em igual comparação. Já a receita líquida totalizou R$ 12,332 bilhões, alta de 6%.

Os números do quarto trimestre mostram que, embora os dados de 2015 sejam mais favoráveis do que aqueles reportados no ano anterior, o setor petroquímico já sente sinais das preocupações globais em relação ao ritmo da economia. No Brasil, há também uma evidente deterioração nos números econômicos.

A queda da receita, contudo, é explicada principalmente pela tendência de queda do petróleo.

Com a forte retração da commodity no decorrer do período, os preços praticados pelas petroquímicas em produtos como polipropileno (PP) e polietileno (PE) também foram ajustados para baixo.

Por isso, embora as margens das petroquímicas abastecidas com nafta tenham permanecido em níveis mais favoráveis, a receita das empresas passou por uma correção alinhada à trajetória do petróleo.

Financeiro

Por adotar a contabilidade de hedge, uma modelagem contábil que permite às empresas correlacionarem o efeito da variação cambial na linha financeira a receitas futuras com exportação, a valorização do dólar no decorrer de 2015 teve impacto limitado no balanço da companhia.

A Braskem apresentou despesa financeira líquida de R$ 2,493 bilhões em 2015, 4% pior do que a despesa de R$ 2,391 bilhões acumulada no ano anterior. No quarto trimestre, a linha financeira apresentou resultado negativo em R$ 1,114 bilhão, contra R$ 721 milhões negativos no mesmo período do ano passado.

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A companhia, assim como outras petroquímicas globais cuja produção depende da nafta, um derivado do petróleo, viu as margens crescerem em 2015 diante da queda do custo de sua principal matéria-prima.

Além disso, no mercado doméstico, o dólar menos favorável às importações tornou a Braskem mais competitiva, o que também impulsionou a lucratividade da empresa e contribuiu para compensar a retração da demanda doméstica por resinas, utilizadas na fabricação de peças plásticas.

O ganho de eficiência nas linhas de produção, os melhores resultados com operações nos Estados Unidos e na Europa e o espaço para aumentar o ritmo das exportações também beneficiaram os números da Braskem no ano passado, divulgados nesta quinta-feira, 18.

No mercado doméstico, a política comercial da Braskem consiste em adequar os valores praticados pela empresa aos preços anunciados por seus concorrentes externos, o que em momentos de real desvalorizado é mais favorável aos produtores domésticos, e por isso a companhia também contabilizou melhores margens internas.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) básico anual da petroquímica somou R$ 9,167 bilhões, alta de 63% em relação a 2014. O Ebitda ajustado, número que tem sido considerado pelos analistas do mercado, somou R$ 9,372 bilhões, alta de 67% em relação ao ano anterior.

A Braskem também informou hoje que, no acumulado de 2015, foi contabilizado um lucro para os acionistas de R$ 3,140 bilhões. Os dividendos propostos referentes ao ano foram estabelecidos em R$ 1 bilhão.

A receita líquida cresceu 3% no ano, para R$ 47,283 bilhões, variação menos expressiva que os demais indicadores justificada pelos preços mais baixos do petróleo, de seus derivados, caso da nafta, e de toda a cadeia petroquímica, incluindo as resinas termoplásticas produzidas pela Braskem.

O resultado seria ainda pior se não fosse o ganho mais expressivo com as exportações, estas beneficiadas com o real desvalorizado ante o dólar.

O balanço de quarto trimestre divulgado hoje pela petroquímica brasileira aponta que, entre outubro e dezembro, o lucro líquido somou R$ 158 milhões, revertendo prejuízo de R$ 24 milhões acumulado no mesmo período de 2014.

O Ebitda ajustado atingiu R$ 2,234 bilhões, com expansão de 65% em igual base comparativa. O Ebitda básico somou R$ 2,039 bilhões, alta de 50% em igual comparação. Já a receita líquida totalizou R$ 12,332 bilhões, alta de 6%.

Os números do quarto trimestre mostram que, embora os dados de 2015 sejam mais favoráveis do que aqueles reportados no ano anterior, o setor petroquímico já sente sinais das preocupações globais em relação ao ritmo da economia. No Brasil, há também uma evidente deterioração nos números econômicos.

A queda da receita, contudo, é explicada principalmente pela tendência de queda do petróleo.

Com a forte retração da commodity no decorrer do período, os preços praticados pelas petroquímicas em produtos como polipropileno (PP) e polietileno (PE) também foram ajustados para baixo.

Por isso, embora as margens das petroquímicas abastecidas com nafta tenham permanecido em níveis mais favoráveis, a receita das empresas passou por uma correção alinhada à trajetória do petróleo.

Financeiro

Por adotar a contabilidade de hedge, uma modelagem contábil que permite às empresas correlacionarem o efeito da variação cambial na linha financeira a receitas futuras com exportação, a valorização do dólar no decorrer de 2015 teve impacto limitado no balanço da companhia.

A Braskem apresentou despesa financeira líquida de R$ 2,493 bilhões em 2015, 4% pior do que a despesa de R$ 2,391 bilhões acumulada no ano anterior. No quarto trimestre, a linha financeira apresentou resultado negativo em R$ 1,114 bilhão, contra R$ 721 milhões negativos no mesmo período do ano passado.

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