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Lucro da Whirlpool sobe no 3º tri, mas crise reduz metas

Segundo a empresa, o lucro das operações contínuas subiram para US$ 3,45 por ação, bem acima da previsão dos analistas, de US$ 3,29


	Whirlpool: o resultado maior reflete os cortes de custos e aquisições que impulsionaram as vendas europeias e asiáticas
 (Ricardo Correa/EXAME.com)

Whirlpool: o resultado maior reflete os cortes de custos e aquisições que impulsionaram as vendas europeias e asiáticas (Ricardo Correa/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 23 de outubro de 2015 às 09h39.

Michigan - A Whirlpool, maior fabricante de eletrodomésticos do mundo em vendas e controladora das marcas Brastemp e Consul no Brasil, registrou lucro de US$ 235 milhões no terceiro trimestre, ou US$ 2,95 por ação, valor acima dos US$ 230 milhões, ou US$ 2,88 por ação, obtidos no mesmo período do ano passado.

O resultado maior reflete os cortes de custos e aquisições que impulsionaram as vendas europeias e asiáticas.

Apesar da melhora no lucro, a crise econômica no Brasil preocupa, o que fez a empresa reduzir a projeção dos ganhos para o ano.

Segundo a empresa, o lucro das operações contínuas subiram para US$ 3,45 por ação, bem acima da previsão dos analistas, de US$ 3,29.

No entanto, a receita do terceiro trimestre, impactada por taxas de câmbio desfavoráveis, ficou abaixo das projeções, totalizando US$ 5,28 bilhões, alta de 9,4% na mesma base de comparação.

A expectativa era de US$ 5,41 bilhões. Excluindo as flutuações cambiais, as vendas saltaram cerca de 25%.

A empresa foi prejudicada por um dólar mais forte, o que torna seus aparelhos mais caros no exterior, e pela queda da demanda nos mercados emergentes.

O Brasil tem sido um ponto particularmente sensível para Whirlpool por causa da crise econômica mais profunda desde a crise financeira.

Na América Latina, as vendas do terceiro trimestre deslizaram 27%, para US$ 800 milhões, devido ao dólar mais forte e uma demanda mais fraca no Brasil. As vendas na América do Norte ficaram estáveis no trimestre em US$ 2,8 bilhões.

Por causa da fraqueza continuada na América Latina, a Whirlpool reduziu a sua projeção de ganhos para o ano.

Agora, a empresa espera ganhar entre US$ 12 e US$ 12,50 por ação este ano, contra um intervalo anterior entre US$ 12 e US$ 13.A piora no Brasil deve reduzir 50 centavos no lucro por ação este ano, disse a companhia.

A dobro da receita da Whirlpool na Europa, no Oriente Médio e na África e um aumento mais do que o dobro das vendas na Ásia compensaram a fraqueza nas vendas da América Latina e nos EUA.

O desempenho nos segmentos foram impulsionados pelas aquisições da Indesit, uma empresa italiana que vende eletrodomésticos e as marcas Hotpoint e Scholtes, e 51% da Hefei Rongshida Sanyo Electric da China no ano passado.

"Os benefícios de atividades de integração das aquisições, as iniciativas de redução de custos e de capacidade e um preço mais favorável mais do que compensaram o impacto de movimentos de moeda e diminuição da demanda em mercados emergentes", disse o presidente-executivo, Jeff Fettig. Às 9h43 (de Brasília), as ações da empresa avançavam 2,37%.

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