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Lucro da Petrobras deve cair 32% no 1o tri

Companhia passa por produção lenta, custos crescentes e um real mais fraco que anulou os efeitos de um aumento de preços dos combustíveis


	Petrobras: companhia terá um encargo líquido de cerca de 1,6 bilhão de reais no resultado do primeiro trimestre
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Petrobras: companhia terá um encargo líquido de cerca de 1,6 bilhão de reais no resultado do primeiro trimestre (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 9 de maio de 2014 às 11h45.

Rio de Janeiro - A Petrobras deverá ter uma queda de quase um terço no lucro do primeiro trimestre contra um ano ante, com uma produção lenta, custos crescentes e um real mais fraco que anulou os efeitos de um aumento de preços dos combustíveis.

O lucro líquido da estatal de janeiro a março deverá cair 32 por cento, para 5,24 bilhões de reais, de acordo com a média das estimativas de 11 analistas obtidas pela Reuters. Na comparação com o quarto trimestre de 2013, o lucro deverá ser 17 por cento menor.

A companhia, que divulgará seu balanço trimestral após o fechamento dos mercados nesta sexta-feira, enfrenta uma série de fatores pesando sobre sua receita, fluxo de caixa e lucro.

A produção total de óleo e gás da Petrobras no Brasil e no exterior caiu 0,8 por cento de janeiro a março, para uma média de 2,531 milhões de barris de óleo equivalente por dia, segundo cálculos da Reuters com base em números mensais publicados no site da empresa.

Foi o pior resultado para um primeiro trimestre desde 2009, quando a estatal produziu 2,497 milhões de barris de óleo equivalente por dia, em média.

Além disso, a companhia terá um encargo líquido de cerca de 1,6 bilhão de reais no resultado do primeiro trimestre por um programa de demissões voluntárias, que reduzirá sua força de trabalho em 8.298 pessoas, na tentativa de economizar 13 bilhões de reais até o fim de 2018.

Há também a questão cambial afetando o resultado da Petrobras: o real está 15 por cento mais fraco no trimestre ante um ano atrás e 3,4 por cento desvalorizado em relação ao quarto trimestre.

A desvalorização da moeda brasileira implicou em gastos maiores nas importações de combustíveis feitas em dólar, que corroeram parte da alta de 4 por cento nos preços internos da gasolina e de 8 por cento no valor do diesel em novembro passado. Veja abaixo a média das estimativas de analistas para o resultado da Petrobras no primeiro trimestre, em reais.

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