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Lucro da Minerva sobe 33% no 3º tri; margens melhoram

O resultado foi puxado pela melhora da margem operacional e impulso das vendas no mercado externo


	Minerva: no segundo trimestre, a empresa havia registrado prejuízo de 130,9 milhões de reais
 (Divulgação)

Minerva: no segundo trimestre, a empresa havia registrado prejuízo de 130,9 milhões de reais (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 17 de outubro de 2012 às 22h04.

São Paulo - A Minerva Foods, terceira maior empresa de carne bovina do país, registrou lucro líquido de 20,6 milhões de reais entre julho e setembro deste ano, aumento de 33 por cento sobre igual período de 2011, informou a empresa nesta quarta-feira.

O resultado foi puxado pela melhora da margem operacional e impulso das vendas no mercado externo.

No segundo trimestre, a empresa havia registrado prejuízo de 130,9 milhões de reais.

"A empresa terminou um período de investimentos greenfield, e agora estamos acelerando as operações, e no momento certo do ciclo da pecuária, com um aumento de oferta (de animais para abate) no Brasil e América do Sul, quando se tem o resto do mundo em um ciclo muito negativo", disse Fernando Galletti de Queiroz, diretor-presidente da Minerva Foods a jornalistas.

"Então nós estamos ganhando mercado e ganhando rentabilidade." A empresa registrou Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de 134,5 milhões de reais, contra os 90,9 milhões de reais do mesmo intervalo do ano anterior.

Já a margem Ebitda no período foi de 11,67 por cento contra 8,55 por cento.

O diretor financeiro da Minerva Foods, Edson Ticle, explica que entre os principais motivadores para a melhora no Ebitda está a inversão do ciclo da pecuária, com a maior oferta de animais para abate reduzindo o preço da arroba bovina para a indústria.


Além disso, ele destacou que os preços da carne no mercado internacional estão estáveis em dólar, o que se reflete em um aumento do preço em reais.

Segundo ele, a estabilidade do preço externo é fruto da redução da oferta de carne bovina no mundo, basicamente, pelo fenômeno que está acontecendo nos Estados Unidos --com alta dos grãos e custos locais de produção, o país ficou menos competitivo levando os pecuaristas norte-americanos a saírem da cria de gado e buscarem outras culturas.

Exportação -  A receita líquida no terceiro trimestre subiu para 1,15 bilhão de reais no período, ante 1,06 bilhão de reais registrados em igual período do ano passado.

O movimento reflete o ganho nas vendas externas, que foi de 30,5 por cento maior no trimestre ante igual período de 2011, somando 852,3 milhões de reais.

A empresa cita como principais destinos para sua carne bovina os mercados emergentes, como a Rússia (27 por cento de participação) e os países do Oriente Médio (40 por cento).

A dívida líquida da companhia cresceu 3,7 por cento, de 1,58 bilhão no segundo trimestre, para 1,64 bilhão de reais ao final do terceiro trimestre deste ano.

Apesar do aumento na dívida líquida, a geração maior de Ebitda provocou a redução do grau de endividamento, medido pela relação dívida líquida/Ebitda, que ficou em 3,7 vezes no terceiro trimestre, versus 3,99 vezes no trimestre anterior.

Mercado interno - No mercado interno, as vendas tiveram pequeno recuo, uma vez que foi registrado um aumento médio de quase 7 por cento no preço da carne no último trimestre.

Mas o presidente da companhia pondera que o cenário é favorável para o setor no último trimestre, sazonalmente o mais forte para a indústria de proteína animal.

"Este será o Natal da carne bovina, com a alta de grãos, outras proteínas (frango e suínos) ficaram mais caras e menos competitivas", disse Queiroz, o presidente da companhia.

O salto nos preços de grãos neste ano, depois da seca no Brasil no início do ano e da seca nos EUA, está pressionando as margens das indústrias de carnes de frangos e suínos, muito mais dependentes destes produtos para a alimentação animal em comparação ao setor de bovinos.

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