Logo da Hyundai próximo de um Sonata: companhia informou lucro líquido de US$ 1,88 bilhão de janeiro a março (Lee Jae-Won/Reuters)
Da Redação
Publicado em 25 de abril de 2013 às 11h15.
Seul - A montadora sul-coreana de veículos Hyundai informou uma queda anual de 15 por cento no lucro líquido trimestral, em linha com as previsões do mercado. O resultado foi atingido por interrupções da produção em turnos de fim de semana e oscilações desfavoráveis de câmbio.
A segunda queda consecutiva do lucro trimestral da Hyundai põe ainda mais pressão para a companhia expandir a capacidade nos Estados Unidos e em outras regiões, para reduzir o impacto do iene mais fraco contra o won, que diminui sua competitividade de preços, assim como problemas trabalhistas na Coreia do Sul.
A Hyundai, que combinada com sua afiliada Kia é a quinta maior montadora do mundo, informou nesta quinta-feira lucro líquido de 2,1 trilhões de wons (1,88 bilhão de dólares) de janeiro a março, em comparação com uma previsão de analistas de 2 trilhões de wons.
O presidente do conselho do grupo, Chung Mong-koo, cujo pai fundou o conglomerado Hyundai, desacelerou a capacidade de expansão da companhia nos últimos anos, em uma tentativa para evitar repetir a crise de recall da Toyota em 2009 e 2010, que foi em parte resultado de um agressivo crescimento de produção.
O sindicato de trabalhadores da Hyundai voltou a recusar turno de trabalho no último final de semana, o sétimo consecutivo de paralisação, o que resultou em perdas na produção de 48 mil veículos, no valor de quase 1 trilhão de wons.
O resultado da Hyundai também foi prejudicado pela valorização de 4,5 por cento do won durante o primeiro trimestre. Isso reduziu o valor dos resultados em operações internacionais, enquanto o iene mais fraco ajudou os rivais japoneses da Hyundai.
"As expectativas já haviam sido baixadas para os ganhos da Hyundai por causa das moedas e pelas interrupções da produção de fim de semana. Mas os resultados de hoje... atenderam às expectativas, o que ajudou a aliviar as preocupações sobre os lucros", disse o gestor de fundos na LS Asset Management, Kim Sung-soo.