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Lucro da Brasil Foods cai 60% no primeiro trimestre

Queda de preços no mercado externo afetou resultado da maior empresa de alimentos do Brasil

Brasil Foods: lucro líquido caiu 60% no primeiro trimestre de 2012 (Germano Lüders/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de abril de 2012 às 19h20.

São Paulo - A Brasil Foods fechou o primeiro trimestre do ano com lucro líquido de 153 milhões de reais, queda de 60% em relação ao resultado obtido no mesmo período do ano passado. Resultante da fusão entre Sadia e Perdigão, a companhia atribui a derrocada à falta de apetite do mercado externo, com destaque para Japão e Oriente Médio, que representam juntos mais de 50% dos destinos de exportação.

Em comum, eles sofreriam um processo de ajuste e normalização do nível de estoques depois de episódios de estocagem excessiva.  Em coletiva à imprensa nesta sexta-feira, Leopoldo Saboya, vice-presidente de finanças da empresa, afirmou que o cenário já era esperado. No caso do Japão, por exemplo, o tsunami ocorrido em março do ano passado teria levado o país a ir às compras com afinco, temendo a falta de produtos no futuro.

Com prateleiras abarrotadas, o Japão acabou diminuindo o fluxo de importações mais tarde, afetando diretamente o resultado da empresa. "Nosso negócio envolve uma cadeia viva: não dá para dizer para o suíno que ele será abatido no mês seguinte. Se há uma ruptura no fluxo de produção, não há outro jeito que não fazer estoque ou transferir a perda por queda de preço", afirmou Saboya.

Além da conjuntura internacional, a Brasil Foods também teria sofrido com a oscilação das commodities, em especial com a variação do farelo de soja. "O balanço está aquém das nossas ambições e possibilidades", admitiu o vice-presidente de finanças da empresa. "Ainda assim, tivemos importantes avanços no mercado externo com crescimento expressivo da receita frente a um resultado nao tão positivo como esperávamos."

As exportações somaram 2,4 bilhões de reais no trimestre, montante semelhante ao obtido em igual período de 2011. No mercado interno, as vendas cresceram 11% e chegaram a 3 bilhões.

O ebitda (lucro operacional antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de 532 milhões de reais, com margem de 8,4%, comparado com 816 milhões do ano anterior e margem de 13,6%.

Mais liquidez

A BRF confirmou a contratação de uma linha de crédito rotativo no valor de 500 milhões de dólares por três anos. Ao todo, 19 bancos participaram da operação. Com 2,2 bilhões de reais em caixa, a companhia tomará os recursos emprestados quando achar necessário.

* Atualizado às 19h18

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Em comum, eles sofreriam um processo de ajuste e normalização do nível de estoques depois de episódios de estocagem excessiva.  Em coletiva à imprensa nesta sexta-feira, Leopoldo Saboya, vice-presidente de finanças da empresa, afirmou que o cenário já era esperado. No caso do Japão, por exemplo, o tsunami ocorrido em março do ano passado teria levado o país a ir às compras com afinco, temendo a falta de produtos no futuro.

Com prateleiras abarrotadas, o Japão acabou diminuindo o fluxo de importações mais tarde, afetando diretamente o resultado da empresa. "Nosso negócio envolve uma cadeia viva: não dá para dizer para o suíno que ele será abatido no mês seguinte. Se há uma ruptura no fluxo de produção, não há outro jeito que não fazer estoque ou transferir a perda por queda de preço", afirmou Saboya.

Além da conjuntura internacional, a Brasil Foods também teria sofrido com a oscilação das commodities, em especial com a variação do farelo de soja. "O balanço está aquém das nossas ambições e possibilidades", admitiu o vice-presidente de finanças da empresa. "Ainda assim, tivemos importantes avanços no mercado externo com crescimento expressivo da receita frente a um resultado nao tão positivo como esperávamos."

As exportações somaram 2,4 bilhões de reais no trimestre, montante semelhante ao obtido em igual período de 2011. No mercado interno, as vendas cresceram 11% e chegaram a 3 bilhões.

O ebitda (lucro operacional antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de 532 milhões de reais, com margem de 8,4%, comparado com 816 milhões do ano anterior e margem de 13,6%.

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A BRF confirmou a contratação de uma linha de crédito rotativo no valor de 500 milhões de dólares por três anos. Ao todo, 19 bancos participaram da operação. Com 2,2 bilhões de reais em caixa, a companhia tomará os recursos emprestados quando achar necessário.

* Atualizado às 19h18

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