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Locadoras de veículos têm receita de R$ 6,52 bi em 2013

O valor representa um avanço de 4,73% sobre o ano anterior

Carros: a quantidade de usuários passou de 20,2 milhões para 21,7 milhões, na passagem de 2012 para 2013 (Tomohiro Ohsumi/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de maio de 2014 às 11h22.

São Paulo - A receita do setor de locação de veículos foi de R$ 6,52 bilhões em 2013, um avanço de 4,73% sobre o ano anterior, segundo a Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (Abla).

O segmento também registrou expansão na quantidade de companhias, na frota, no número de usuários e na participação das vendas do setor automobilístico.

O presidente do conselho nacional da Abla, Paulo Nemer, destaca que o desempenho positivo se deu mesmo em meio a um cenário de desafios.

"Tivemos um custo financeiro altíssimo, carros ficaram mais caros, além da postura do governo, que não favorece o investimento", avaliou.

O que possibilitou a expansão do segmento foi a mudança na mentalidade dos clientes, segundo Nemer. "Nós reforçamos a percepção de que o importante é o uso e não a propriedade", afirmou.

"Agora, o cliente prefere pagar pelo serviço a ter que manter uma frota e se preocupar com manutenção ou acidentes".

A nova postura dos clientes gerou um aumento na demanda pelo serviço. A quantidade de usuários passou de 20,2 milhões para 21,7 milhões, na passagem de 2012 para 2013.

Para atender a procura crescente, também houve incremento na quantidade de empresas que oferecem exclusivamente o serviço (17,09%); na frota (8,24%), que atingiu 529.890 automóveis e o número de empregos diretos e indiretos gerados, que oscilou de 293.715 para 309.017, no mesmo período.

Do total de veículos nos pátios das locadoras, a maior parte é de automóveis da Fiat (26,8%), seguida pela Volkswagen (21,2%), GM (14,4%), Renault (9,4%), Ford (7,4%) e Toyota (1,3%).

As demais montadoras e importadoras somam 19,2% dos automóveis da frota das locadoras no País. O segmento segue como o maior cliente das montadoras, segundo a Abla. Houve aumento da participação do segmento nas vendas do setor automobilístico, de 7,85%, em 2012, para 8,35% no ano passado.

Frota

Segundo a associação que representa o setor, os modelos populares são os mais procuradores para locação. Em 2013, houve aumento da participação de econômicos (de 53% para 58%) e compactos (de 16% para 18%) em relação a 2012.

No entanto, houve queda na proporção de veículos de luxo (de 10% para 6%) e de utilitários e vans (de 17% para 13%).

A categoria premium, que engloba os SUVs, ficou praticamente estável (variou de 4% para 5%). A terceirização de frota continua sendo o uso mais comum (58%) dos automóveis alugados, seguida pelo turismo de negócios (23%) e pelo de lazer (19%).

Copa do Mundo e eleições

O presidente do conselho nacional da Abla destaca que apesar de o setor esperar uma expansão de 15% da atividade nas cidades sede da Copa do Mundo durante o período de jogos, no geral, o evento da Fifa representa um viés negativo para o setor em 2014.

"Durante a Copa, não vamos ter grande feiras e eventos corporativos. O turismo de negócios vai parar e nas outras cidades os pátios vão ficar cheios", avaliou Nemer.

No entanto, as eleições devem compensar a retração dos negócios devido ao megaevento esportivo. Segundo o executivo, o automóvel alugado é uma ferramenta amplamente empregada nas campanhas e o calendário eleitoral deve ter um impacto positivo para as locadoras de veículos em 2014.

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São Paulo - A receita do setor de locação de veículos foi de R$ 6,52 bilhões em 2013, um avanço de 4,73% sobre o ano anterior, segundo a Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (Abla).

O segmento também registrou expansão na quantidade de companhias, na frota, no número de usuários e na participação das vendas do setor automobilístico.

O presidente do conselho nacional da Abla, Paulo Nemer, destaca que o desempenho positivo se deu mesmo em meio a um cenário de desafios.

"Tivemos um custo financeiro altíssimo, carros ficaram mais caros, além da postura do governo, que não favorece o investimento", avaliou.

O que possibilitou a expansão do segmento foi a mudança na mentalidade dos clientes, segundo Nemer. "Nós reforçamos a percepção de que o importante é o uso e não a propriedade", afirmou.

"Agora, o cliente prefere pagar pelo serviço a ter que manter uma frota e se preocupar com manutenção ou acidentes".

A nova postura dos clientes gerou um aumento na demanda pelo serviço. A quantidade de usuários passou de 20,2 milhões para 21,7 milhões, na passagem de 2012 para 2013.

Para atender a procura crescente, também houve incremento na quantidade de empresas que oferecem exclusivamente o serviço (17,09%); na frota (8,24%), que atingiu 529.890 automóveis e o número de empregos diretos e indiretos gerados, que oscilou de 293.715 para 309.017, no mesmo período.

Do total de veículos nos pátios das locadoras, a maior parte é de automóveis da Fiat (26,8%), seguida pela Volkswagen (21,2%), GM (14,4%), Renault (9,4%), Ford (7,4%) e Toyota (1,3%).

As demais montadoras e importadoras somam 19,2% dos automóveis da frota das locadoras no País. O segmento segue como o maior cliente das montadoras, segundo a Abla. Houve aumento da participação do segmento nas vendas do setor automobilístico, de 7,85%, em 2012, para 8,35% no ano passado.

Frota

Segundo a associação que representa o setor, os modelos populares são os mais procuradores para locação. Em 2013, houve aumento da participação de econômicos (de 53% para 58%) e compactos (de 16% para 18%) em relação a 2012.

No entanto, houve queda na proporção de veículos de luxo (de 10% para 6%) e de utilitários e vans (de 17% para 13%).

A categoria premium, que engloba os SUVs, ficou praticamente estável (variou de 4% para 5%). A terceirização de frota continua sendo o uso mais comum (58%) dos automóveis alugados, seguida pelo turismo de negócios (23%) e pelo de lazer (19%).

Copa do Mundo e eleições

O presidente do conselho nacional da Abla destaca que apesar de o setor esperar uma expansão de 15% da atividade nas cidades sede da Copa do Mundo durante o período de jogos, no geral, o evento da Fifa representa um viés negativo para o setor em 2014.

"Durante a Copa, não vamos ter grande feiras e eventos corporativos. O turismo de negócios vai parar e nas outras cidades os pátios vão ficar cheios", avaliou Nemer.

No entanto, as eleições devem compensar a retração dos negócios devido ao megaevento esportivo. Segundo o executivo, o automóvel alugado é uma ferramenta amplamente empregada nas campanhas e o calendário eleitoral deve ter um impacto positivo para as locadoras de veículos em 2014.

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