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LLX dispensa operários de porto no RJ devido a bloqueio

Empresa de Eike Batista enfrenta protestos de produtores rurais na região do Porto de Açu

Donos de propriedades rurais alegam não terem sido avisados com antecedência sobre a desapropriação promovida pela LLX (Divulgação)

Donos de propriedades rurais alegam não terem sido avisados com antecedência sobre a desapropriação promovida pela LLX (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de abril de 2011 às 12h05.

Rio - A LLX, empresa de logística do grupo EBX, do empresário Eike Batista, informou hoje que orientou os operários que trabalham nas obras do Porto do Açu, no norte do Estado do Rio de Janeiro, a permanecerem em casa até o fim do protesto de produtores rurais, que bloqueiam desde cedo as duas estradas de acesso. Nenhum funcionário ou caminhão da LLX seguiu para o canteiro de obras hoje, por questão de segurança, segundo a empresa.

Entre 40 e 50 proprietários rurais do distrito de Cajueiro, no município de São João da Barra, participam de uma manifestação contra a desapropriação de terras na região do porto para a construção de um distrito industrial. Eles alegam não terem sido avisados com antecedência sobre a desapropriação e contestam o valor das indenizações que serão pagas pelo Estado.

Cerca de dois mil funcionários da LLX foram impedidos de trabalhar pelo protesto, mas a companhia afirma que não haverá prejuízo por causa da paralisação dos trabalhos, já que a obra do Porto do Açu estaria adiantada.

A LLX afirma manter um canal aberto para diálogo com a população local, por meio de um escritório em São João da Barra, mas entende que a negociação com os manifestantes deva ser conduzida pela Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro (Codin), por tratar-se de desapropriação de terras.

Segundo a Codin, que coordena o processo, todos os proprietários foram notificados em agosto do ano passado e convidados a comparecer à sede de São João da Barra para esclarecimentos sobre as desocupações. Até hoje, 80% dos convocados já compareceram para ouvir esclarecimentos, de acordo com o órgão.

A primeira etapa das desapropriações atinge terras de cultivo de caju, abacaxi e quiabo. Na próxima etapa, ainda sem data definida, 11 famílias terão de deixar suas casas, mas a Codin afirma que serão reassentadas.

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