Livro esmiúça trajetória de Abilio Diniz, o "rei do varejo"
Abilio é um homem que comprou muitas brigas ao longo de sua vida e não poupou nem sua família para proteger seus interesses
Da Redação
Publicado em 20 de julho de 2015 às 11h40.
São Paulo - Abilio Diniz sempre gostou de holofotes. Ex-dono da rede varejista Pão de Açúcar e agora um dos maiores acionistas do concorrente Carrefour , o empresário teve, recentemente, sua vida estampada nos principais jornais e revistas do Brasil ao protagonizar uma das maiores disputas societárias do país, encerrada em 2013, quando deixou o grupo fundado por seu pai, em 1948, após uma longa queda de braço com seu ex-sócio, o grupo francês Casino.
Quase dois anos depois da saída de Abilio Diniz do Pão de Açúcar, a jornalista Cristiane Correa detalha os altos e baixos da vida do empresário em seu novo livro: Abilio - Determinado, Ambicioso, Polêmico, que será lançado amanhã em São Paulo, pelo selo Primeira Pessoa, da editora Sextante.
Em 2013, Cristiane publicou o best-seller Sonho Grande, que narra a trajetória dos empresários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira, donos da gestora 3G, que, por sua vez, comanda importantes redes globais, como Burger King, Heinz (em fusão com a Kraft Foods), e a maior cervejaria do mundo, a AB InBev.
Seu novo livro é uma grande reportagem, que retrata com riqueza de detalhes os bastidores da briga entre Abilio Diniz e Jean-Charles Naouri, dono do Casino, mas não fica só na disputa.
Após introduzir o momento crítico dessa crise, a jornalista volta no tempo e conta a história do empresário, desde quando ainda era um garoto "baixinho, gordinho e impopular" que, determinado a não apanhar dos seus colegas, tornou-se um atleta e passou a bater para se defender.
Abilio é um homem que comprou muitas brigas ao longo de sua vida e não poupou nem sua família para proteger seus interesses. Não à toa, cultiva vários desafetos.
Logo no primeiro capítulo, o leitor já se depara com o quase desfecho do litígio entre Abilio Diniz e seu ex-sócio, atual dono do Pão de Açúcar.
Cristiane conta os bastidores que levaram Abilio a abrir mão do negócio fundado por seu pai e dar início à nova etapa de sua vida empresarial.
Talvez não seja fácil para um leitor mais desavisado ser apresentado logo de cara a personagens do mercado financeiro e de escritórios de advocacia, conhecidos por pessoas mais familiarizadas com o mundo dos negócios.
Mas o texto fluido de Cristiane dá fôlego para seguir adiante, onde ela apresenta um Abilio que poucos conhecem.
A escritora trata com discrição temas pessoais, que envolvem calorosas brigas familiares, sobretudo com seu irmão Alcides, que entre os anos 80 e 90 foram temas de reportagens de jornais e revistas, e concentra seu foco no lado empreendedor de Abilio, que se tornou empresário influente em Brasília, transformou o Pão de Açúcar em um colosso, mas foi questionado por remarcar preços nos anos 80, quase perdeu as rédeas do grupo nos anos 90, e conseguiu dar a volta por cima.
O capítulo que trata da profissionalização da gestão no início dos anos 2000 mostra outro momento difícil do empresário, que preteriu Ana Maria, sua filha e braço direito, apontada como sua sucessora natural, ao optar por um executivo de fora.
O livro apresenta um Abilio de temperamento forte que tem aprendido na marra que a vida dá muitas voltas.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
São Paulo - Abilio Diniz sempre gostou de holofotes. Ex-dono da rede varejista Pão de Açúcar e agora um dos maiores acionistas do concorrente Carrefour , o empresário teve, recentemente, sua vida estampada nos principais jornais e revistas do Brasil ao protagonizar uma das maiores disputas societárias do país, encerrada em 2013, quando deixou o grupo fundado por seu pai, em 1948, após uma longa queda de braço com seu ex-sócio, o grupo francês Casino.
Quase dois anos depois da saída de Abilio Diniz do Pão de Açúcar, a jornalista Cristiane Correa detalha os altos e baixos da vida do empresário em seu novo livro: Abilio - Determinado, Ambicioso, Polêmico, que será lançado amanhã em São Paulo, pelo selo Primeira Pessoa, da editora Sextante.
Em 2013, Cristiane publicou o best-seller Sonho Grande, que narra a trajetória dos empresários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira, donos da gestora 3G, que, por sua vez, comanda importantes redes globais, como Burger King, Heinz (em fusão com a Kraft Foods), e a maior cervejaria do mundo, a AB InBev.
Seu novo livro é uma grande reportagem, que retrata com riqueza de detalhes os bastidores da briga entre Abilio Diniz e Jean-Charles Naouri, dono do Casino, mas não fica só na disputa.
Após introduzir o momento crítico dessa crise, a jornalista volta no tempo e conta a história do empresário, desde quando ainda era um garoto "baixinho, gordinho e impopular" que, determinado a não apanhar dos seus colegas, tornou-se um atleta e passou a bater para se defender.
Abilio é um homem que comprou muitas brigas ao longo de sua vida e não poupou nem sua família para proteger seus interesses. Não à toa, cultiva vários desafetos.
Logo no primeiro capítulo, o leitor já se depara com o quase desfecho do litígio entre Abilio Diniz e seu ex-sócio, atual dono do Pão de Açúcar.
Cristiane conta os bastidores que levaram Abilio a abrir mão do negócio fundado por seu pai e dar início à nova etapa de sua vida empresarial.
Talvez não seja fácil para um leitor mais desavisado ser apresentado logo de cara a personagens do mercado financeiro e de escritórios de advocacia, conhecidos por pessoas mais familiarizadas com o mundo dos negócios.
Mas o texto fluido de Cristiane dá fôlego para seguir adiante, onde ela apresenta um Abilio que poucos conhecem.
A escritora trata com discrição temas pessoais, que envolvem calorosas brigas familiares, sobretudo com seu irmão Alcides, que entre os anos 80 e 90 foram temas de reportagens de jornais e revistas, e concentra seu foco no lado empreendedor de Abilio, que se tornou empresário influente em Brasília, transformou o Pão de Açúcar em um colosso, mas foi questionado por remarcar preços nos anos 80, quase perdeu as rédeas do grupo nos anos 90, e conseguiu dar a volta por cima.
O capítulo que trata da profissionalização da gestão no início dos anos 2000 mostra outro momento difícil do empresário, que preteriu Ana Maria, sua filha e braço direito, apontada como sua sucessora natural, ao optar por um executivo de fora.
O livro apresenta um Abilio de temperamento forte que tem aprendido na marra que a vida dá muitas voltas.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.