Light quer que CDE cubra custos com contratos
Empresa espera que gastos das distribuidoras com os contratos de energia por disponibilidade sejam cobertos pela Conta de Desenvolvimento Energético (CDE)
Da Redação
Publicado em 27 de março de 2013 às 19h23.
São Paulo - A Light , empresa de energia que atua no Rio de Janeiro, espera que a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) cubra os gastos das distribuidoras, no curto prazo, com os contratos de energia por disponibilidade, disse o presidente da empresa, Paulo Roberto Pinto.
O governo escalou a CDE par compensar gastos adicionais das distribuidoras com a compra de energia mais cara das termelétricas, acionadas para compensar os reservatórios mais baixos das hidrelétricas. O tema está sendo regulamentado e, para a Light, não está claro se a exposição das distribuidoras relacionada aos contratos por disponibilidade serão cobertos antes do próximo reajuste tarifário de cada companhia.
"Pode ser que a Light tenha que assumir esses custos até novembro...Significa que, dependendo do que for regulamentado, teremos que bancar com o caixa...um caixa que é destinado para programas de investimentos", disse o executivo.
Ele acrescentou que essa é uma situação "que preocupa muito", podendo até levar a uma revisão de rating das empresas do setor.
O diretor de Energia da Light, Evandro Vasconcelos, disse que 10 % dos contratos da Light são por disponibilidade, totalizando cerca de 320 megawatts médios.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) inicia na quinta-feira audiência pública para debater a regulamentação dos repasses da CDE. Nela, a agência Aneel considera a criação de um "gatilho tarifário" para que a CDE seja usada anualmente, cobrindo custos de contratos de térmicas por disponibilidade.
A ideia é que a CDE cubra esses custos quando um reajuste anual da tarifa de energia for maior que 3 % para os consumidores cativos atendidos pelas distribuidoras. Após a audiência pública, que vai até 10 de abril, o tema ainda tem que ser aprovado em reunião da diretoria da Aneel.
Investimentos
A Light irá investir cerca de 130 milhões de reais no combate às perdas de energia na distribuição em 2013, e pretende instalar cerca de 200 mil medidores eletrônicos de energia dentro desse programa de redução de perdas.
As perdas de energia da Light, relacionadas ao furto e ligações irregulares, são um dos principais problemas da companhia. A empresa, que teve um lucro líquido de 160 milhões de reais no último trimestre de 2012, alta de 21,3 % na comparação anual, teve perdas de 45,4 % do mercado faturado de energia na baixa tensão. (Por Anna Flávia Rochas)
São Paulo - A Light , empresa de energia que atua no Rio de Janeiro, espera que a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) cubra os gastos das distribuidoras, no curto prazo, com os contratos de energia por disponibilidade, disse o presidente da empresa, Paulo Roberto Pinto.
O governo escalou a CDE par compensar gastos adicionais das distribuidoras com a compra de energia mais cara das termelétricas, acionadas para compensar os reservatórios mais baixos das hidrelétricas. O tema está sendo regulamentado e, para a Light, não está claro se a exposição das distribuidoras relacionada aos contratos por disponibilidade serão cobertos antes do próximo reajuste tarifário de cada companhia.
"Pode ser que a Light tenha que assumir esses custos até novembro...Significa que, dependendo do que for regulamentado, teremos que bancar com o caixa...um caixa que é destinado para programas de investimentos", disse o executivo.
Ele acrescentou que essa é uma situação "que preocupa muito", podendo até levar a uma revisão de rating das empresas do setor.
O diretor de Energia da Light, Evandro Vasconcelos, disse que 10 % dos contratos da Light são por disponibilidade, totalizando cerca de 320 megawatts médios.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) inicia na quinta-feira audiência pública para debater a regulamentação dos repasses da CDE. Nela, a agência Aneel considera a criação de um "gatilho tarifário" para que a CDE seja usada anualmente, cobrindo custos de contratos de térmicas por disponibilidade.
A ideia é que a CDE cubra esses custos quando um reajuste anual da tarifa de energia for maior que 3 % para os consumidores cativos atendidos pelas distribuidoras. Após a audiência pública, que vai até 10 de abril, o tema ainda tem que ser aprovado em reunião da diretoria da Aneel.
Investimentos
A Light irá investir cerca de 130 milhões de reais no combate às perdas de energia na distribuição em 2013, e pretende instalar cerca de 200 mil medidores eletrônicos de energia dentro desse programa de redução de perdas.
As perdas de energia da Light, relacionadas ao furto e ligações irregulares, são um dos principais problemas da companhia. A empresa, que teve um lucro líquido de 160 milhões de reais no último trimestre de 2012, alta de 21,3 % na comparação anual, teve perdas de 45,4 % do mercado faturado de energia na baixa tensão. (Por Anna Flávia Rochas)